No Ocidente é de bom tom dissertar sobre «a compatibilidade do Islão com a Democracia» ou sobre «o Islão e o Laicismo». Estas problemáticas deixam supor que, por natureza, o Islão seria clerical. Que não constituiria portanto uma religião, mas, sim uma corrente política. Assim, os muçulmanos mais «radicais» seriam terroristas e inversamente. Ora, desde há um mês o Médio-Oriente Alargado, de população maioritariamente muçulmana, está em vias de se dividir entre fieis desta religião e partidários de uma política que os manipula. REDE VOLTAIRE | DAMASCO (SÍRIA) | 30 DE JUNHO DE 2017 FRANÇAIS ESPAÑOL ENGLISH TÜRKÇE РУССКИЙ DEUTSCH ROMÂNĂ Um homem político pode ser ateu, agnóstico ou crente. Mas, o facto de pretender servir a Deus não faz do seu partido político uma Igreja. Alguns dos nossos leitores compreenderam mal uma crónica precedente sobre a evolução do mundo muçulmano. Vou, pois, aclarar questões relativas ao Islão antes de descrever o mais prec