. Por Fernando Brito - no Tijolaço - 08/10/2019 Poucas vezes uma imagem terá sido tão simbólica quanto a captada ontem por Marcelo Chello, da Folha, no lançamento do livro Nada Menos que Tudo , tragibiografia funcional do ex-procurador Rodrigo Janot. Quase ninguém foi e, talvez, dos que foram, a alguns tenha levado a morbidez. Solidão é pesada, destas que rasgaria por dentro qualquer um. Mas que capeia um livro muito mais importante do que que a vaidosa narrativa que Janot faz de si mesmo. A história de quem se embriagou com o gim da vaidade, que teve a mente turvada pela ambição, cegou-se pelas luzes da mídia , que traiu, miseravelmente, tudo aquilo em que um dia acreditou e que jurou servir e, afinal, vê-se como um pária, um resto humano de quem todos querem distanciar-se. Janot, tão convencido estava de ser a “esperança do Brasil” com que se exibiu, um dia, inebriado, é uma imagem de um Dorian Gray às avessas, onde o desvario do personagem acaba p...