Globo reage à crise de audiência e credibilidade com desespero metalinguístico
Por Wilson Roberto Vieira Ferreira Sai a estética futurista de Hans Donner, entra os passos do funk e um visual menos high tech onde até a icônica zebrinha dos anos 1970 que dava os resultados do futebol parece renascer com nova roupagem. E tudo isso com muita auto-referência e metalinguagem. Essa é a repaginada do programa dominical “Fantástico” e dos telejornais da emissora que parecem sentir o golpe da perda de audiência e credibilidade. Uma simulação de reunião de pauta com telespectadores dando palpites sobre temas pré-estabelecidos no “Fantástico” é o desespero metalinguístico de criar uma percepção de transparência e credibilidade de um jornalismo que tenta se equilibrar entre o papel de oposição política assumido pela emissora e a necessidade de aparentar objetividade noticiosa. A transformação da estética Hans Donner na identidade visual da emissora parece apontar para o sintoma da sua perda de relevância e o fim de uma utopia modernista que a TV Glob...