O chorume de Paulinho contra Dilma Rousseff
Autor: Miguel do Rosário
Escrever sobre o chorume bêbado de Paulinho da Força contra Dilma Rousseff é dose para leão. Então parabenizemos o blogueiro Josué Nogueira, que enfrentou o tema.
*
Dilma esteve presa bem antes de Paulinho da Força fazer campanha pró Aécio à base de tequila (segundo a Folha)
Por Josué Nogueira, em seu blog.
Pedir cadeia para a presidente Dilma num ato que, ao invés de comemorar o Dia do Trabalhador virou palanque para o presidenciável Aécio Neves (PSDB) – e abriu espaço para o pré-candidato do PSB, Eduardo Campos – é um extrato desalentador do que deve vir por aí na corrida pelo Planalto.
A “proposta”, feita pelo cabo eleitoral tucano e deputado federal do Solidariedade-SP Paulinho da Força (da Força Sindical, central que armou a festa para Aécio) foi acrescida, vejam só que fineza, de uma banana para a presidente, com direito ao singelo gesto característico.
“Excelente” conteúdo para o debate que precisa ser feito no país, não?. Um primor.
Mas tem mais: segundo nota da jornalista Vera Magalhães, na coluna Painel, da Folha de S. Paulo, o deputado que quer Dilma no xadrez comprou três garrafas de tequila para a festa.
E já às 11h, circulava com um copo na mão. Ainda segundo a coluna, ele chegou a tomar também doses de pinga com conhaque com a justificativa que iria “calibrar o discurso”.
Toda essa ofensiva insana e vazia de soluções para os graves (e crônicos) problemas do país, foi acompanhada pelos presidenciáveis, que dividiam a cena com Paulinho diante da massa de trabalhadores que foram ao Campo de Bagatelle, em Santana, na zona norte de São Paulo.
O mais absurdo nessa história toda é que o deputado feriu, sem cerimônia alguma, a história de combate da presidente pela democracia nos anos de exceção. Ignorou o fato de ela ter sido, inclusive, presa na luta contra a ditadura.
É óbvio que, estando no embate eleitoral, Dilma e sua gestão naturalmente serão criticadas (como estão). Apontar falhas – e caminhos para saná-las – é atitude trivial da oposição.
Agora, dar banana e sugerir a condenação de Dilma à prisão revela uma postura tão desrespeitosa quanto rasa. (Afinal, por que ela deveria ir para a cadeia?)
O que se espera de pré-candidatos a presidente e seus apoiadores é um mínimo de ideias e caminhos para tudo o que eles elencam como fracasso e erro no governo federal.
Fazer discurso a la torcida de futebol incitando agressividade é de uma pobreza preocupante.
Se é com esse tipo de atitude que opositores querem tomar o poder de quem eles tanto criticam, o que restará ao eleitor?
Escrever sobre o chorume bêbado de Paulinho da Força contra Dilma Rousseff é dose para leão. Então parabenizemos o blogueiro Josué Nogueira, que enfrentou o tema.
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Dilma esteve presa bem antes de Paulinho da Força fazer campanha pró Aécio à base de tequila (segundo a Folha)
Por Josué Nogueira, em seu blog.
Pedir cadeia para a presidente Dilma num ato que, ao invés de comemorar o Dia do Trabalhador virou palanque para o presidenciável Aécio Neves (PSDB) – e abriu espaço para o pré-candidato do PSB, Eduardo Campos – é um extrato desalentador do que deve vir por aí na corrida pelo Planalto.
A “proposta”, feita pelo cabo eleitoral tucano e deputado federal do Solidariedade-SP Paulinho da Força (da Força Sindical, central que armou a festa para Aécio) foi acrescida, vejam só que fineza, de uma banana para a presidente, com direito ao singelo gesto característico.
“Excelente” conteúdo para o debate que precisa ser feito no país, não?. Um primor.
Mas tem mais: segundo nota da jornalista Vera Magalhães, na coluna Painel, da Folha de S. Paulo, o deputado que quer Dilma no xadrez comprou três garrafas de tequila para a festa.
E já às 11h, circulava com um copo na mão. Ainda segundo a coluna, ele chegou a tomar também doses de pinga com conhaque com a justificativa que iria “calibrar o discurso”.
Toda essa ofensiva insana e vazia de soluções para os graves (e crônicos) problemas do país, foi acompanhada pelos presidenciáveis, que dividiam a cena com Paulinho diante da massa de trabalhadores que foram ao Campo de Bagatelle, em Santana, na zona norte de São Paulo.
O mais absurdo nessa história toda é que o deputado feriu, sem cerimônia alguma, a história de combate da presidente pela democracia nos anos de exceção. Ignorou o fato de ela ter sido, inclusive, presa na luta contra a ditadura.
É óbvio que, estando no embate eleitoral, Dilma e sua gestão naturalmente serão criticadas (como estão). Apontar falhas – e caminhos para saná-las – é atitude trivial da oposição.
Agora, dar banana e sugerir a condenação de Dilma à prisão revela uma postura tão desrespeitosa quanto rasa. (Afinal, por que ela deveria ir para a cadeia?)
O que se espera de pré-candidatos a presidente e seus apoiadores é um mínimo de ideias e caminhos para tudo o que eles elencam como fracasso e erro no governo federal.
Fazer discurso a la torcida de futebol incitando agressividade é de uma pobreza preocupante.
Se é com esse tipo de atitude que opositores querem tomar o poder de quem eles tanto criticam, o que restará ao eleitor?
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