Padilha rebate novo envolvimento do seu nome com doleiro e aguarda nota do MInistério da Justiça
qua, 30/04/2014 - 12:32 - Atualizado em 30/04/2014 - 12:35
Jornal GGN - Em visita ao jornal GGN - para uma entrevista agendada há algumas semanas - o ex-MInistro da Saúde Alexandre Padilha, pré candidato ao Governo de São Paulo, respondeu às denúncias divulgadas hoje (30) pelo Estado de S. Paulo, sobre uma suposta “influência política” do doleiro Alberto Youssef, sugerida por fonte em off da Polícia Federall – segundo informa o jornal.
A suspeita partiu de uma interceptação de mensagem pela Polícia Federal entre “Primo”, como é chamado Youssef, e a doleira Nelma Mitsue Penasso Kodama, no dia 5 de março, que teria dito a ela: “Se o Padilha ganhar o governo ajudo ele (um amigo de Nelma) e muito”.
“É um absurdo, um absurdo o envolvimento do meu nome através de troca de mensagens de terceiros e, a partir dessa troca de mensagens, fazer qualquer tipo de suposição de relação minha com essa pessoa", reclamou Padilha. "Desde o começo, eu tive a atitude de chamar a imprensa para esclarecer e falar toda a verdade, toda a verdade. Disse claramente que mente quem diz que tem contrato de empresa privada com o Ministério da Saúde, porque nunca teve na minha gestão. Mente quem diz que eu tenho qualquer envolvimento na indicação de qualquer pessoa (para o laboratório). Inclusive, já interpelei formalmente quem utilizou meu nome para querer qualquer tipo de benefício, e mente quem tenta estabelecer qualquer relação minha com esse doleiro e qualquer outra pessoa que está sendo investigada".
Pafilha reafirmou ter solicitado formalmente para o seu advogado ir até o Paraná para ter acesso ao relatório completo. "Porque o meu nome é citado em trocas de mensagens e até hoje eu, que sou citado como envolvido – e obviamente por conta da missão que eu tenho hoje e do papel que eu tenho na pré candidatura – sem ter o acesso completo a esse relatório".
"Passou dos limites. Isso foi na sexta-feira passada que surgiu, chamei a imprensa para convocar; na última segunda-feira, eu fui na TV do governo do estado de São Paulo para esclarecer, debater com os jornalistas, com todos os olhos. E continuam tentando buscar envolver o meu nome e difamar o absurdo, que eu repudio, estou indignado com isso”.
Ao explicar que dessa vez a denúncia do jornal não se tratava de conversas sobre o laboratório Labogen, mas de uma conversa da doleira Nelma Mitsue Penasso Kodama, no dia 5 de março, com Youssef, que teria dito que "queria um cargo para um amigo" dela no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Padilha respondeu: "Mais absurdo ainda. É troca de mensagens de um doleiro, fazendo suposições, inclusive ele não tem nenhum envolvimento comigo, não tem nenhuma troca de mensagens dele comigo, não é? Quem vai coordenar meu programa de segurança pública é o ex-ministro Márcio Tomaz Bastos, quem vai me ajudar na coordenação é o ex-diretor geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda. É só ver a história dessas pessoas que vão coordenar e ver se são pessoas que compactuariam com qualquer suposição como essa, com qualquer relação como essa.
Disse estar acostumado a receber calúnias. "Quando implantei o Mais Médicos chegou até a ter gente que falava que meu diploma era falso. Tenho coro duro, estou preparado para enfrentar e sei o que estou enfrentando. Ilações, injúrias e calúnias, também porque sou pré candidato a Governo do estado de São Paulo e estou incomodando muita gente, com o perfil dessa pré candidatura".
Padilha comentou que se saísse alguma informação falsa atribuída ao Ministério da Saúde, ou a fontes do MInistério, ela providenciaria uma nota oficial esclarecendo o ocorrido. Por isso acredita que a Polícia Federal e o MInistro da Justiça deverão se pronunciar oficialmente sobre o tema. A Polícia Federal já informou que nada existe contra Padilha no inquérito.
Até agora, o Ministério da Justiça se mantém mudo.
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