O contrato antissocial
Antes da crise, em 2007, A Espanha era superavitária em 1,9%. O Brasil tem hoje um resultado fiscal semelhante ao da Espanha então. por: Saul Leblon Deve haver algo de profundamente errado com um sistema tributário em que a perspectiva de pagar um piso salarial de modestos R$ 1.860 reais ao magistério, em 2014, dispara as sirenes do colapso sistêmico nas prefeituras e governos estaduais. Pelo menos é o que diz o colunismo especializado na pauta: ‘de amanhã Brasil não passa’. O estranho torna-se paradoxal quando se verifica que o mesmo jogral que cobra educação de qualidade, incita ao arrocho e buzina por cortes de impostos o que, em última instancia, rebateria em uma redução estrutural nas transferências municipais. O descasamento entre uma fórmula de reajuste do magistério que embute ganhos reais e a evolução nominal das receitas explica, em parte, a tensão nas contas locais.