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Elites decadentes ameaçam o futuro

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Por Martin Wolf Em 2014, os europeus recordam o centésimo aniversário do início da Primeira Guerra Mundial. Essa calamidade deu início a 30 anos de selvageria e estupidez, destruindo a maior parte do que havia de bom na civilização europeia no início do século XX. No fim, como Churchill havia previsto em junho de 1940, "o Novo Mundo, com toda sua força e poder" se apresentou "para resgatar e liberar o Velho". As deficiências das elites políticas, econômicas e intelectuais da Europa criaram o desastre que recaiu sobre suas populações entre 1914 e 1945. Foram sua ignorância e preconceitos que permitiram a catástrofe: falsas ideias e valores fracos estavam em ação. Entre elas, a crença atávica de que, não apenas os impérios eram rentáveis e magníficos, mas também de que a guerra era gloriosa e controlável. Foi como se um desejo de suicídio coletivo tivesse arrebatado os líderes de grandes nações.

Do helicóptero dos Perrellas à casa de Genoino: a mídia brasileira como ela é

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Postado em   16 Jan 2014 por :   Paulo Nogueira A mídia não gosta deles O critério do que é notícia, para a mídia brasileira, é peculiar. Notícia é, essencialmente, aquilo que é ruim para os adversários. Pode ser um fato, pode ser um rumor, pode ser até uma mentira descarada – mas é “notícia”. Do outro lado, tudo aquilo que seja considerado problemático para os amigos, e para os próprios donos das empresas jornalísticas, não é notícia. Por exemplo: o helicóptero dos Perrellas. Meia tonelada de pasta de cocaína não comoveu a mídia brasileira. O assunto, nem bem chegou, sumiu do noticiário. A mídia não produziu uma única reportagem decente sobre os Perrellas. O DCM publicou, dias atrás, uma denúncia do Wikeleaks segundo a qual Roseana Sarney tem 150 milhões de dólares em Caimãs.

Por que os Perrellas foram “excluídos” da investigação do helicóptero do pó, segundo um agente da PF

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Postado em   18 Jan 2014 por :   Kiko Nogueira O  site da Vice  traz uma longa entrevista de Roger Franchini com o agente federal Rafael Rodrigo Pacheco Salaroli. Salaroli, ou Pacheco, trabalha na Delegacia de Repressão a Entorpecentes de Vitória, no Espírito Santo, e foi um dos responsáveis pela apreensão de 445 quilos de cocaína no helicóptero do deputado estadual Gustavo Perrella, filho do senador Zezé. A conversa é boa — mais pelo que não revela, talvez, do que pelo que revela. Aquela foi uma das maiores apreensões de droga do Brasil, na aeronave de uma família poderosa em Minas Gerais. Pacheco declara que cuidou da logística da operação. “Os caras estão lá no mato, ele não tem condição de fazer isso. Então, porra, um colega passou mal, ficou doente, precisa ser substituído, uma viatura quebrou, precisa de dinheiro, precisa de armamento, você tem que ter um cara fazendo essa logística, fazendo isso. Eu fiz isso.”

E continua firme a escalada dos juros!

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Com receio de reações adversas oriundas do coração do sistema financeiro, o governo se sujeitou de novo. Resolveu elevar a taxa de juros pela sétima vez seguida Por:Jaciara Itaim O noticiário econômico da semana foi marcado pela expectativa que se criou em torno do primeiro encontro do Comitê de Política Monetária (COPOM) realizado em 2014. O resultado foi divulgado para a imprensa no início da noite da quarta-feira, dia 15. Como costuma acontecer, as previsões construídas pelos responsáveis das áreas estratégicas das instituições financeiras foram consumadas pela reunião dos diretores do Banco Central (BC). A cada 45 dias tende a se repetir o fenômeno da crônica da deliberação anunciada.

'Pura Selvageria' :Chomsky descreve política interna americana em duas palavras

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  O renomado ativista e intelectual Noam Chomsky resumiu, em uma entrevista, a política interna americana com apenas duas palavras: 'pura selvageria.' Jacob Chamberlain, do CommonDreams.com Enquanto o Congresso decide, essa semana, se vai reinstituir um auxílio desemprego de emergência para milhões de americanos ou se aprovará as negociações de uma lei agrícola que cortaria bilhões dos programas de vale-refeição, o renomado ativista e intelectual Noam Chomsky resumiu, em uma entrevista, a política interna americana com apenas duas palavras: ‘pura selvageria.’

O Vesúvio rentista

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  Há um vulcão fumegando nas entranhas da economia do país. Na última quarta, ele cuspiu pela 7ª vez na cabeça da nação. Toca o baile! aconselham especialistas por: Saul Leblon Há um vulcão fumegando nas entranhas da economia brasileira. Avisos de lava  em ebulição são  emitidos aqui e ali desde abril passado. Na última 4ª feira, ele cuspiu pela sétima vez na cabeça da Nação. A nova elevação de  0,5 ponto  na taxa de juro reafirma  um  desarranjo  em  profundezas intestinas.  Vozes  tranquilizadoras  adiantam que uma 8ª, quem sabe  9ª, irrupção do Vesúvio rentista é inevitável –benéfica, de fato. O que se passa de fato no interior da cratera  que ora urra, ora faísca e ameaça explodir tudo, é de qualquer forma sonegado à população.

A vitória civilizatória na Cracolândia

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    Luis Nassif No combate ao vício das drogas, há o tratamento compulsório, higienista, de prender e segregar os viciados; e o tratamento humanizado, chamado de “redução de danos”. Em vez de cortar imediatamente e compulsoriamente a droga, sujeitando o viciado a crises de abstinência – que quase sempre os traz de volta ao vício -, monta-se um tratamento gradativo, de redução gradual do consumo enquanto se trabalham o ambiente em que ele se encontra, as relações sociais e familiares, devolvendo-lhe a auto-estima.. No auge da onda ultraconservadora da mídia, o portal da revista Veja criminalizou os estudos de uma professora da USP, quase septuagenária, que orientava uma tese de doutorado sobre redução de danos. O tema mereceu repercussão no Jornal Nacional.

Braços Abertos: Haddad vai para o abraço

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O vendedor Ricardo descansa após dia de trabalho (Foto: Bruno Pavan - Brasil de Fato) Lembra do que Alckmin fez na Cracolândia ? Os usuários de crack inscritos no programa “Braços Abertos” da prefeitura de São Paulo tiveram na manhã dessa quinta-feira (16), o primeiro dia de trabalho. Eles limparam, com a orientação de agentes da limpeza urbana da prefeitura, ruas e praças da região da Luz, centro da capital. No programa, os usuários trabalham 4 horas por dia e tem mais 4 horas de formação profissional e cidadã. Em troca, eles recebem moradia em quartos de hotel da região, alimentação e remuneração equivalente a 15 reais por dia trabalhado.

OS PORTAIS DA IMORTALIDADE

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 Postado por Mauro Santayana  (JB) - O fim de 2013, e o início do novo ano de 2014 têm sido pródigos em notícias revolucionárias no campo da saúde. Cientistas da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, criaram nano-partículas anticancerígenas que “grudam” em glóbulos brancos, e, espalhadas pelo sangue, identificam e matam células tumorais, impedindo que o câncer, por meio de metástase, se espalhe pelo corpo, eliminando essas células do sangue de ratos e de humanos, em laboratório, em apenas duas horas.  

Marina e as baixarias de campanha

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Enviado por Miguel do Rosário A pré-candidata a vice-presidente Marina Silva assina  um artigo hoje , na Folha, intitulado “Campanha de limpeza”. Não é um informe comercial sobre o novo sabão Omo, mas não fica longe disso. O discurso “programático” e “sonhático” agora dá lugar a uma utopia “higienática”, onde os debates políticos acontecerão num clima de total serenidade, como aristocratas inglesas a discutir o preço de Oxford, tomando chá, numa tarde fria de Londres. Pena que Marina, no afã de condenar a baixaria, acaba ela mesma protagonizando uma outra, ao insistir na criminalização das redes sociais, tratadas por ela como “guerrilha virtual que cria territórios inóspitos na internet”. É como se Marina voltasse aos anos de chumbo e reclamasse, para deleite das madames de Higienópolis, dos garotos subversivos que estão tornando irrespirável a vida política no país.

Baile do Pó Royal - Marchinha Campeã

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Banco do Brasil começa a pagar Vale-Cultura a 30 mil funcionários

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Vale-Cultura já beneficia mais de 340 mil trabalhadores Primeiro benefício será creditado via cartão pré-pago no final do mês de janeiro por Portal Brasil O Banco do Brasil entregou nesta sexta-feira os primeiros cartões do Vale-Cultura, programa do governo federal que prevê benefício de R$ 50 mensais concedido aos trabalhadores com carteira assinada que recebam até cinco salários mínimos por mês. A ministra da Cultura, Marta Suplicy, participou da cerimônia de entrega, realizada nesta sexta-feira (17), no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo. Para ela, “o Vale-Cultura é o alimento da alma”. O evento contou ainda com as participações do vice-presidente de Distribuição e Varejo do Banco do Brasil, Paulo Ricci, e do diretor de Gestão de Pessoas, Carlos Netto.

Shopping center não é praça

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Miúda dissertação sobre um patético fenômeno chamado “rolezinho”, enésima prova da visão primitiva dos envolvidos por Mino Carta — publicado 17/01/2014 A praça que mais me impressionou, entre todas as que conheço, do ponto de vista da participação, da intensidade do fervor de quem a frequenta e ama a vida, foi a principal de Bolonha, espraiada entre o palácio do rei Enzo e a catedral, com sua severa fachada enobrecida pelos altos-relevos de Iacopo della Quercia, gênio dos começos de 1400. Aqui me permito uma digressão. A respeito do uso impróprio que se faz nas nossas plagas da palavra nobre. Horário nobre, espaço nobre etc. etc. Ora, ora: nobre por quê? Porque encarece a publicidade da televisão no caso do horário? Este esbanjamento é próprio de uma sociedade que não tem nobreza alguma e desconhece o exato significado das palavras. Fecho o parênteses e vou ao que me move, para afirmar, alto e bom som como o editorial de um jornalão: shopping center não é espaço nobre.

QUANDO AS ELITES FRACASSAM

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Paulo Moreira Leite Diretor da Sucursal da ISTOÉ em Brasília, é autor de "A Outra História do Mensalão". Foi correspondente em Paris e Washington e ocupou postos de direção na VEJA e na Época. Também escreveu "A Mulher que Era o General da Casa". Fiasco europeu ajuda a entender processo político no Brasil Se você ainda não leu o artigo “Elites decadentes ameaçam o futuro” dê um jeito de encontrar e ler. Saiu uma tradução no Valor, anteontem. É uma análise imperdível do mundo global, em especial da Europa, mas tem uma relação óbvia com o Brasil. Martin Wolf, principal colunista do Financial Times, é um observador de tendências conservadoras, mas não perdeu a capacidade de olhar para o mundo. Enxerga a realidade para além de suas convicções e pressupostos. Admite o acaso, o inesperado, o erro. Quer a prova dos fatos.

Juros: a única coisa em que não querem que o Brasil imite o mundo

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 Autor: Fernando Brito O Brasil  vive ainda sob um império colonial. Onde o capital rentista é a metrópole que não se contesta. O país avança, progride, enriquece mas, como quando do “quinto” da Coroa portuguesa, vive sob o tacão de uma apropriação feroz de suas riquezas feita pela via dos juros. A rigor, é até inacreditável que o país continue crescendo com taxas de juros públicas que, em qualquer parte do mundo, estariam levando uma nação à recessão.