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Ironia difícil

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Paulo Moreira Leite Diretor da Sucursal da ISTOÉ em Brasília, é autor de "A Outra História do Mensalão". Foi correspondente em Paris e Washington e ocupou postos de direção na VEJA e na Época. Também escreveu "A Mulher que Era o Outro General da Casa". Vigora, em diversos meios, a opinião - errada - de que em política as versões são mais importantes do que os fatos A ironia incompreendida de Antônio Prata, na Folha, diz muito sobre o Brasil, hoje. Como observou Suzana Singer, com a sutileza necessária, “tempos estranhos estes em que a imprensa tem que ser explícita sobre o que é real e o que é ficção.” As ironias são um recurso sofisticado da crítica social, mas só podem ser compreendidas numa sociedade em que os fatos estão bem estabelecidos e o leitor não tem dificuldade para entender a intenção real do autor.

Os “Cinco Olhos” e os cegos

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No Brasil e ao tempo de FHC, espiões travestidos de funcionários da embaixada norte-americana colocaram equipamentos de escuta ambiental no gabinete da Presidência Como FHC ignorou os alertas da espionagem dos EUA durante seu governo por Wálter Maierovitch  Depois de grampeado, o papa Francisco fingiu, por meio do seu porta-voz, ser a espionagem vetusta e desimportante. De fato, trata-se de fenômeno antigo e praticado pelos sumérios, por volta do ano 4000 a.C. Talvez a atividade de espião seja mais antiga do que a de prostituta. Na Idade Média, a República de Veneza a usava para evitar sabotagens nos portos, preparar a defesa contra a França e evitar ser transformada em Estado pontifício. Quando da Guerra Fria, um 007 valia por um batalhão e as agências KGB, CIA e Stasi enterravam a privacidade e se desesperavam com os agentes duplos. Em 1905, a escritora Emma Orczy lançou A Prímula Vermelha e abriu um filão literário novo, com a espionagem a gerar suspenses. Ian Fleming, dep

Pesquisa mostra que Leão brasileiro é banguela

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Enviado por Miguel do Rosário A organização Tax Justice Network está começando a virar um pé-no-saco dos sonegadores brasileiros. Primeiro, causou um frisson no mundo ao revelar um ranking internacional com os países que detêm as maiores fortunas em paraísos fiscais. O Brasil estaria em quarto lugar, com seus super-ricos guardando no exterior, ilegalmente, cerca de R$ 1 trilhão.

Jeff Bezos é o mágico que vai encontrar a poção para salvar os jornais?

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JOANA GORJÃO HENRIQUES   11/11/2013 - 00:00 O PÚBLICO vai em breve introduzir um sistema de pagamento dos conteúdos digitais e inicia hoje uma série sobre os dilemas actuais do jornalismo. Hoje falamos de Jeff Bezos: a revolução Amazon será replicável no jornalismo? EMMANUEL DUNAND/AFP Quando, no início de Agosto, o fundador da Amazon anunciou que ia comprar o jornal Washington Post (WP) à família Graham, vários comentadores escreveram linhas entusiastas. Afinal, Jeff Bezos tinha revolucionado o retalho online, mudado a forma como compramos, abrindo a porta para a expansão do consumo de letras em formato digital, quando lançou o Kindle. A enfrentar uma crise profunda no seu modelo de negócio, e a precisar de quem vire as estratégias do avesso para que dê lucros, a indústria do jornalismo em papel recebeu a notícia com optimismo.

DE CULATRAS E FESTINS

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Postado por Mauro Santayana (HD) - Por mais que muitos desejem - as “denúncias” de ações de “contraespionagem” reveladas nos últimos dias, contra russos, iraquianos e iranianos,  não devem prejudicar o trabalho que o Brasil está realizando no âmbito da ONU com relação à internet. Embora se tenha noticiado que o Brasil “espionou” também os EUA, não deixa de ser curioso, que em uma mesma matéria, tenham-se reunido todos os “alvos” do “eixo do mal”. Daniel Snowden não denunciou ações desse tipo, eventualmente feitas pela CIA, nas ruas de Washington ou Nova Iorque. Ele revelou - com a autenticidade de quem serviu à NSA – como milhões de empresas e cidadãos comuns, do mundo inteiro, tinham suas comunicações diárias devassadas por um  gigantesco “big-brother” multinacional, sem que fossem agentes estrangeiros ou jamais tivessem se envolvido com qualquer atividade de espionagem.

Quem é o “líder” dos black blocs inventado pela Época

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por :   Mauro Donato Tão logo a revista Época chegou às bancas, a reação dos administradores da página oficial do Black Bloc SP foi rápida: “Uma pergunta simples: Quem diabos é Leonardo Morelli? Chega a ser cômico e até mesmo causar ânsia de vômito uma reportagem dessas. Qualquer ser evoluído que possua um polegar opositor e uma massa encefálica com capacidade mínima de raciocínio chegaria a conclusão de que é uma das mais profundas idiotices alguém se expor assim (…) Globo fazendo globisse.” Na Black Bloc RJ, o mesmo tom mareado: “Mais essa agora…Quando terminei de ler essa ‘reporcagem’, me deu um embrulho no estômago (…) Vamos lá, esse tal de Morelli dizendo que financia ‘O Black Bloc’ com esse dinheiro todo (…) Vão procurar saber mais sobre o Morelli, pesquisem sobre ele, verão como o cara é fanfarrão… E nem precisa ser adepto da tática pra saber que uma pessoa que está nas ruas lutando por direitos e melhorias, não daria entrevista para uma bosta de revista como a Épo

Em dia de eleição interna, Lula diz que PT deve trabalhar por Dilma e Padilha

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Ao lado de Padilha (e) e do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (d), Lula cobrou contato com os jovens Ex-presidente afirma que disputa em São Paulo será a mais importante entre as estaduais para o partido e que nova direção petista, eleita neste domingo, deve estar comprometida com esse projeto por Redação RBA São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou hoje (10) que a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes deve ser a prioridade para o PT em 2014, somada ao processo de reeleição de Dilma Rousseff. Durante entrevista coletiva ao lado do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, provável candidato em São Paulo, ele cobrou que a direção do partido se empenhe nessa tarefa. “Estou convencido de que a eleição de 2014 é uma eleição histórica para o PT. O mais importante de todos depois da presidenta Dilma é São Paulo”, disse, depois de participar, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, do Processo de Eleições Diretas (PED) para escolher a direção do partido.

Dilma renova pedido por plebiscito sobre reforma política

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O pedido da presidenta tem esbarrado na resistência do PMDB, principal aliado do PT em termos de números por Redação RBA  Pelo Twitter, presidenta avalia que mudança nas regras é necessária para permitir participação social na vida política e diz, antes de votar em eleições do PT, que tem orgulho do partido São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (10) pelo Twitter que seja realizada uma reforma política baseada na consulta à população brasileira por meio de plebiscito. “A reforma política deve permitir à sociedade participar de forma efetiva  dos destinos do país”, disse, em uma sequência de mensagens que emitiu antes de participar do Processo de Eleições Diretas (PED) que escolhe o próximo presidente do PT.

Pasolini renasce em Paris

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Cineasta iconoclasta, Pier Paolo Pasolini (1922-1975) foi um dos maiores artistas do século 20. Mas o poeta, escritor e intelectual marxista engajado era detestado pela sociedade burguesa que criticava. Seu assassinato, em 1° de novembro de 1975, na praia de Ostia, perto de Roma, permanece até hoje um mistério. Os inimigos do poeta preferiram acatar (ou fabricar?) a tese de crime sexual, atribuindo ao homossexualismo de Pasolini a responsabilidade por seu assassinato. Por Leneide Duarte-Plon* Inúmeros documentários e livros tentaram demonstrar que o crime, nunca esclarecido, foi o resultado de um complô mafioso ou político para calar o incômodo crítico da política italiana, sobretudo na coluna “Escritos corsários”, publicada no Corriere della Sera, nos dois últimos anos de vida. A Democracia Cristã, severamente criticada por Pasolini por alimentar o clima de tensão da Itália dos “anos de chumbo”, viu, três anos depois, seu líder, Aldo Moro, ser sequestrado e morto pelas Brigadas

Mauro Santayana: Carta a um jornal de Wall Street

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Normalmente, eu não perderia tempo me dirigindo a um jornal pertencente a um grupo que tem, desde a semana passada, oito ex-funcionários e ex-diretores sentados nos bancos dos réus por suborno e espionagem ilegal, até mesmo do e-mail de uma vítima de homicídio, como é o caso da News Corporation. Por Mauro Santayana*, no Jornal do Brasil Um jornal que sonega e manipula informações para seus leitores, sempre que é conveniente para o dono, como no caso do escândalo das escutas do tabloide sensacionalista News from the World, como revelado agora pelo jornalista David Folkenlatado, no livro Murdoch´s world : the last of the media empires, lançado na semana passada pela Perseus Books, que talvez o senhor não tenha tido ainda a oportunidade de ler. Por essa razão, não merecem consideração as costumeiras sandices da página editorial de vocês, escritas por seus “editorialistas”, como fez Mary O´ Grady, na semana passada, sobre o Brasil.

Barack Obama: pato manco?

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Muito precocemente Obama parece ter esgotado completamente os sonhos com que foi eleito há cinco anos e com as esperanças com que foi reeleito há um ano. por Emir Sader  Completa-se um ano da reeleição do Obama e nada indica que seu mandato será distinto do primeiro. Nada de terminar com Guantanamo, as guerras do Iraque e do Afeganistão não amainam, não desencalha a reforma da saúde e não consegue aprovar a nova lei de imigração. Muito cedo o Obama virou pato manco. É como se seu mandato começasse a terminar precocemente.      Até no plano da política internacional as coisas estão longe do que Obama planejava. No começo do ano, tinha em perspectiva um ataque à Síria, que debilitasse o governo do Assad, acreditando que retomaria as negociações de Genebra, com o suposto da saída do presidente atual como condição.

Presença de Arminio

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Enviado por Miguel do Rosário Leio no  blog do Kennedy Alencar , que Arminio Fraga é o ministro da Fazenda dos sonhos de Aécio Neves. Eles já conversaram a respeito e acertaram tudo. Segundo Aécio, “uma indicação antecipada de um ministro da Fazenda com esse perfil ajudaria a campanha tucana a atrair simpatia de investidores internacionais e de boa parte do empresariado brasileiro, sobretudo do grande capital financeiro.” Pois bem, então eu lembrei dos “bons tempos” e fui pesquisar os jornais de 1999, mais especificamente, de março daquele ano, quando Fraga assumiu a presidência do Banco Central. Sua primeira medida foi aumentar os juros de 25% para 45%. Foi talvez a maior paulada nos juros que já se deu, em qualquer civilização, nos últimos cinco mil anos.

Há 75 anos, perseguição antissemita culminava na "Noite dos Cristais"

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Em 1938, série de pogroms na Alemanha e Áustria exacerbava situação dos judeus. Apesar dos relatos de diplomatas estrangeiros em diversas cidades, o mundo assistiu, sem reagir, a espancamentos, incêndios e assassinatos. "Eu me lembro muito bem da manhã do dia 10 de novembro", diz W. Michael Blumenthal. "Meu pai foi preso bem cedo e, no meio da agitação da minha mãe, consegui correr para a rua. Eu vi as vitrines estilhaçadas na Kurfürstendamm, e a sinagoga da Fasanenstrasse, de onde saía fumaça, mas não tinha mais fogo." Na época, Blumenthal acabava de fazer 12 anos de idade. Hoje, 75 anos depois, ele está de volta a Berlim como diretor do Museu Judaico; e como americano que nasceu alemão. Início do pesadelo

Fascismo miúdo

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Escasseiam aqueles que podem exibir o humor e a ironia de Antonio Prata por Luiz Gonzaga Belluzzo — publicado 10/11/2013 Na Bahia, manifestantes interromperam a participação de Demétrio Magnoli em um debate e impediram outro que seria protagonizado por Luiz Felipe Pondé. A escalada de intolerância, ofensas  ad hominem  e de desqualificações da opinião alheia segue o seu curso. Escasseiam os que podem exibir o humor e a ironia de Antonio Prata. Em artigo publicado no caderno Cotidiano do jornal  Folha de S.Paulo , na edição de domingo 3 de novembro, Prata assume a sua “conversão” ao reacionarismo que hoje, no “Brasil brasileiro”, empolga os que se julgam bem-nascidos e bem-pensantes. “Convertido”, Prata pede licença para desfilar a procissão de rancores que ronca nos Porsches e Ferraris em disparada pelas alamedas dos Jardins e adjacências, sem desprezar a colaboração dos remediados em carros de baixa octanagem.

Paulo André, do Corinthians, fala sobre o Bom Senso F.C.

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Paulo André, do Corinthians, fala sobre o Bom Senso F.C. Em entrevista para CartaCapital, o zagueiro do Corinthians falou sobre o movimento, um agregado de quase mil jogadores que busca a melhoria de condições no futebol