Em dia de eleição interna, Lula diz que PT deve trabalhar por Dilma e Padilha

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Ao lado de Padilha (e) e do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (d), Lula cobrou contato com os jovens

Ex-presidente afirma que disputa em São Paulo será a mais importante entre as estaduais para o partido e que nova direção petista, eleita neste domingo, deve estar comprometida com esse projeto

por Redação RBA

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou hoje (10) que a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes deve ser a prioridade para o PT em 2014, somada ao processo de reeleição de Dilma Rousseff. Durante entrevista coletiva ao lado do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, provável candidato em São Paulo, ele cobrou que a direção do partido se empenhe nessa tarefa.

“Estou convencido de que a eleição de 2014 é uma eleição histórica para o PT. O mais importante de todos depois da presidenta Dilma é São Paulo”, disse, depois de participar, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, do Processo de Eleições Diretas (PED) para escolher a direção do partido.


Para ele, a escolha do presidente da sigla é importante para mostrar a força do PT. Ele disse que os novos dirigentes devem promover um esforço de renovação aproximando-se da juventude ao mesmo tempo em que cuidam do processo eleitoral de 2014. “Para garantir que o PT tenha uma direção consolidada e comprometida com o governo da presidenta Dilma e com uma vontade política de eleger o próximo governador de São Paulo porque acho que São Paulo merece a oportunidade de ter um governo do PT.”

Após uma semana em que manteve duas reuniões com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), Lula evitou críticas a seu ex-ministro da Educação. Surgiram nos últimos dias informações de que o ex-presidente está insatisfeito com algumas das políticas adotadas na capital devido ao potencial de prejudicar as candidaturas de Dilma e Padilha em 2014. O reajuste do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) seria o principal problema neste sentido porque, além da insatisfação no geral com a medida, afeta especialmente o humor da classe média, setor considerado importante para a disputa do próximo ano contra Geraldo Alckmin pelo governo estadual.

“O Haddad está fazendo as coisas que um prefeito tem de fazer”, atenuou. “Tenho certeza que o Haddad vai fazer uma grande administração. As pessoas podem cometer um equívoco, pensam que o Haddad teve confusão com as manifestações de junho e com o aumento do IPTU, mas ele ainda tem três anos de mandato. Conheço o Haddad e ele vai fazer uma grande administração.”

Mais cedo, Dilma defendeu pelo Twitter que seja realizada uma reforma política baseada na consulta à população brasileira por meio de plebiscito. “A reforma política deve permitir à sociedade participar de forma efetiva  dos destinos do país”, disse, em uma sequência de mensagens que emitiu antes de participar do Processo de Eleições Diretas (PED) que escolhe o próximo presidente do PT.

Este é o quinto processo interno de escolha dos presidentes nacional e estaduais do PT. Pela primeira vez há reserva de vagas para mulheres e para jovens, negros e indígenas. O atual presidente, Rui Falcão, disputa com cinco candidatos: Markus Sokol, Paulo Teixeira, Renato Simões, Serge Goulart e Valter Pomar. O partido diz que 800 mil militantes estão aptos a votar.

O PT aproveita o processo eleitoral para angariar assinaturas ao projeto de lei de iniciativa popular pela reforma política. Outra proposta que será apresentada aos votantes é a do projeto de lei de iniciativa popular pela democratização da comunicação.

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