Folha e Estadão: o duelo tucano, também nos jornais
2 de novembro de 2013 Por: Fernando Brito Os jornais brasileiros são difíceis de ler. Não apenas pela má qualidade, mas sobretudo pela insinceridade política. Não existe, no Brasil, nem o processo plural que se estabeleceu na Europa do pós-guerra – no qual, durante muito tempo, os jornais tinham uma identidade político-partidária clara e assumida – nem a prática norte-americana, onde os veículos assumem diante dos leitores suas opções eleitorais entre democratas e republicanos. Aqui, sobrevive a lenda de uma imparcialidade que jamais existiu e, no fundo, é a pior das parcialidades, aquela em que você dissimula e encobre do leitor a orientação que rege a linha editorial.