Descontrole fiscal é o novo terrorismo de Marina Leitão

marinaleitao
2 de novembro de 2013 
Depois do surto de febre amarela que não teve, do apagão que não veio, da inflação que não aconteceu, do comércio exterior negativo que, no entanto, só bate recordes positivos, o novo terrorismo fulero da mídia é o descontrole das contas públicas.
Marina Leitão está adorando. Sim, Marina Leitão, porque o que uma (Miriam Leitão) fala a outra (Marina Silva) repete. E vice-versa.
Só que não tem descontrole nenhum. Nos últimos dez anos, o Brasil foi o país que mais reduziu a sua dívida, no mundo inteiro.

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A queda na dívida líquida resulta num extraordinário alívio nas contas públicas do governo.
Os juros que pagamos em 2012, sobre a dívida líquida, corresponderam a 4,86% do PIB, ou R$ 214 bilhões. Ainda é um absurdo, mas bem melhor do que em 2003, quando o governo torrava 8,5% do PIB com juros!
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Com menos dívidas, o governo está se sentindo mais seguro para reduzir o superávit primário.  Isso é ótimo! Há quantos anos a esquerda não faz pressão junto ao governo para desconsiderar esse dogma neoliberal de manter um superávit exagerado, segundo o qual se deve gastar mais com juros do que com qualquer outra atividade social?
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O importante não é ter superávit, e sim equilíbrio das contas públicas, ou seja, não gastar mais do que se arrecada. O importante é não se endividar, o que é o contrário do que aconteceu sob o governo FHC.
Em janeiro de 1995, primeiro mês da era tucana, a dívida pública líquida do governo federal era de 12,5% do PIB. Em dezembro de 2002, último ano de FHC no poder, essa dívida já era de 38%, e isso depois de vender metade do Brasil.
Já Lula termina seu governo com uma dívida pública líquida de 26,6% do PIB e, já sob a liderança de Dilma, chegamos a uma dívida de 22,7% em setembro. Que descontrole é esse?
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Por aí você já vê a esquizofrenia do nosso noticiário econômico, que deve ser o mais politizado do mundo. FHC estoura as contas públicas, levando a nossa dívida ao seu patamar mais elevado em décadas e seu governo é considerado pela mídia (e por Marina) como sinônimo de estabilidade e seriedade fiscal.
Lula reduz brutalmente o endividamento do país, e Dilma vai no seu caminho, e a mídia (e Marina) os chamam de vândalos das contas públicas.
E tudo porque o governo, agindo com bom senso, resolveu reduzir um tiquinho o superávit primário, para sobrar mais dinheiro pra educação, saúde e obras de infra-estrutura.
Vale notar que a mesma matéria do Globo que tenta promover o terrorismo, publica, escondidinha e envergonhada ao final do texto, a seguinte informação.
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Com um “descontrole” desse, eu quero mais, como cantava Sergio Sampaio, “botar meu bloco na rua”. Aliás, aproveitando que é sábado, e escutemos um pouco de música:
PS: o leitor Mauricio Nardi Junior trouxe uma colaboração para este assunto:
Realmente, o resultado [do superávit em setembro] foi muito ruim. Mas, mesmo com esse déficit, devemos alcançar um superávit, em 2013, de R$ 73 bi. Mas vamos comparar num prazo mais longo.
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Por: Miguel do Rosário

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