Joana Mortágua: Marielles, Catarinas e outras sementes
Tratar a exclusão social com polícia não resolve nada, só serve para encher as cadeias de pobres e, claro, de negros. por Joana Mortágua - esquerda.net - 23 de Março, 2018 Joana Mortágua Este não é o primeiro (link is external) texto que escrevo sobre a execução de Marielle Franco. Por esta altura já se dispensam apresentações, o seu rosto correu mundo. Já todos sabem que era negra, bonita, ativista, favelada, lésbica, vereadora eleita pelo partido da esquerda brasileira Socialismo e Liberdade. Os seus vídeos foram vistos e revistos milhares de vezes, partilhados. As suas fotos, como aquela em que traz colado ao peito um “Amar sem Temer”, foram partilhadas até ao infinito. Ótimo, já toda a gente sabe quem é Marielle Franco. Em Portugal ninguém quis ficar de fora do lamento coletivo pela sua morte: é sempre chocante quando uma mulher morre com quatro tiros na cabeça. Quatro balas de um lote que em 2015 foi usado na chacina de São Paulo (link is external) . Um lote que pe