Passado e presente, os elos
Filho e pai: destino traçado Editorial De como, aos 16 anos, entrei pela primeira vez no Pão de Açúcar por Mino Carta — publicado 08/11/2013 Vamos à praia?”, propôs meu pai. Era domingo, dia de folga no Estadão que não saía às segundas. Eu tinha 16 anos e logo concordei, “vamos”. Meu pai possuía um Jaguar preto com painel de madeira e dele cuidava com desvelo paterno, embora não esbanjasse virtudes de piloto. Antes do Jaguar, conduzira pelas ruas de São Paulo um Skoda de rodas traseiras tortas, como as pernas de dona Maricota, que morava na esquina. São Paulo não chegava a 2 milhões de habitantes e contava com pouco mais de 50 mil carros em circulação. As placas levavam números relacionados com o momento do registro, e a chapa número 1 ornava o Cadillac de Chiquinho Matarazzo, filho do fundador da IRFM e morador destacado da Avenida Paulista, além de dono da maior fortuna brasileira.