A proposta de FHC: fazer de Serra o “Índio da Costa” de Aécio
Se Reinaldo Azevedo, pela identidade espiritual, fala por José Serra, Merval Pereira, pela arrogância, incorpora o espírito de Fernando Henrique Cardoso.
Assim mesmo, sem rodeios, a proposta é lançada de público.
“(…) é fundamental para o PSDB manter a hegemonia em São Paulo, dando espaço para uma liderança política com votos como o ex-governador José Serra, que pode concorrer ao Senado em 2014 ou, como é a preferência das bases tucanas, à Câmara, puxando uma bancada federal importante.
A possibilidade de compor a chapa com Aécio na qualidade de vice, embora não o atraia no momento, pode vir a ser uma estratégia vitoriosa, aproveitando inclusive sua presença nacional. Seria uma maneira engenhosa de ter uma ação sincronizada durante a campanha eleitoral, assim como Lula fará com Dilma e Marina com Eduardo Campos.”
A possibilidade de compor a chapa com Aécio na qualidade de vice, embora não o atraia no momento, pode vir a ser uma estratégia vitoriosa, aproveitando inclusive sua presença nacional. Seria uma maneira engenhosa de ter uma ação sincronizada durante a campanha eleitoral, assim como Lula fará com Dilma e Marina com Eduardo Campos.”
E já com o aval da “vítima” Aécio Neves, que é citado na abertura do texto, dizendo que, “se vencer a eleição em São Paulo por um voto, venço a eleição presidencial”.
A coluna de Merval é, sem citá-la, uma descrição minuciosa da reunião entre Aécio, FHC e Alckmin, na reunião de anteontem no Palácio dos Bandeirantes, onde passaram em revista, tintim por tintim, as alianças estaduais “fortes” que o tucanato está montando.
É obvio que Serra não é uma Índio da Costa, que transitou pela candidatura a vice-presidente vindo do nada e indo para lugar nenhum.
Serra é um cacique.
De vice, no mínimo, será como Marina para Campos: o dono do pedaço.
Neste caso, claro, melhor o original.
Por: Fernando Brito
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