POR FERNANDO BRITO · 10/04/2019 , Selma Arruda, ex-juíza, elegeu-se senadora pelo Mato Grosso pelo PSL de Jair Bolsonaro, apresentando-se como a “Moro de Saias”. A moralista, a “Capitã Marvel” da luta contra a corrupção, mesmo antes de iniciada a campanha eleitoral passou cheques de R$ 150 mil de dinheiro recebido de terceiros para produzir material de propaganda. Contratou, sem poder fazê-lo, uma produtora de vídeos, assinou um contrato, deu calote nos contratados e disfarçou tudo como “empréstimos pessoais”. Tão escancarado que seus colegas, desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral, por unanimidade, decidiram cassar seu mandato e torná-la inelegível por oito anos. Vai recorrer sem deixar o Senado, como está na lei, mas na lei que ela, em nome da moral, recusa para outros. Selma é o retrato da onda hipócrita que tomou conta do Judiciário e da política. Tudo fica na surdina, quase, ou simplesmente some, como Fabrício Queiroz.