POR FERNANDO BRITO · 27/01/2019 . Diz o provérbio gaúcho que “cavalo encilhado não passa duas vezes”, retratando a ideia de que as oportunidades não devem ser desperdiçadas. Há riscos, porém, na pressa e imprudência desta escolha: o de não ver se é matungo ou mesmo asno a montaria que se toma para a marcha. Janio de Freitas, hoje, na Folha, discorre como, depois de rejeitá-lo pela sua carreira de aventureiro ambicioso dentro do Exército, os militares passaram a vê-lo como maneira de serem reconduzidos ao poder, com minguante resistência à aventura. E como, agora, depois da farta exibição de mediocridades e de cumplicidades com o mundo obscuro da milícia, há um crescente incômodo com os perigos que a escolha temerária lhes trouxe.