Gustavo Conde: O futuro não se adivinha, o futuro se faz
. por Gustavo Conde - no GGN - 09/07/2018 Teço algumas considerações sobre a percepção das redes sociais diante de um habeas corpus dramático que não foi cumprido e sobre as temporalidades envolvidas na absorção da questão e todas as suas idas e vindas num domingo que ainda não terminou. A primeira delas é que celebrar a decisão de um desembargador soberano, de posse de sua atribuições institucionais, seria ter a doce companhia da lei diante da percepção do mundo social. Estranha sensação. Se as pessoas não respeitam a lei, terei de aceitar isso como realidade insofismável? A segunda consideração é que não acho razoável travar uma competição para adivinhar o futuro (a vertigem fracassada de se esperar uma decisão favorável a Lula e o ceticismo vitorioso de se celebrar o próprio prognóstico pessimista e desiludido). Acho que o interessante é travar uma relação com a leitura do presente.