Flávio Aguiar: A nova república dos coronéis
VANGUARDA DO RESSENTIMENTO Um bando de privilegiados acusa milhões de pobres de serem os responsáveis por uma suposta quebra do Estado, os corta do orçamento federal e entrega o patrimônio do pré-sal a empresas estrangeiras por Flávio Aguiar - na RBA - publicado 26/11/2017 A entrega do patrimônio do pré-sal marca o desmanche do projeto de estado do bem-estar social pelos coronéis de hoje As palavras têm estranhos destinos. Por exemplo: a palavra “capitão”, no Brasil, tem ressonâncias libertárias, revolucionárias. Sepé Tiaraju, o corregedor da Missão de São Miguel, no noroeste gaúcho do século 18, líder da resistência dos guaranis contra Espanha e Portugal, ficou na História como o “Capitão Sepé”. Luís Carlos Prestes, da imortal coluna que levou seu nome, era capitão. Ao escolher o nome para seu romance sobre a gurizada rebelde de Salvador, Jorge Amado batizou-o de “Capitães da Areia”. Lamarca era capitão. Já a palavra “coronel” ficou associada a poder discricionário. Coro