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A "justiça pacificadora" do STF

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Semana começou com disputa entre Senado e STF em torno da permanência de Renan Calheiros na presidência, e terminou com Temer citado 43 vezes em delação por Tatiana Carlotti - na Carta Maior - 11/12/2016 . Aumenta a tensão em Brasília. A semana começou com a disputa entre Senado e Supremo Tribunal Federal (STF) em torno da permanência de Renan Calheiros (PMDB) na presidência da Casa legislativa. E terminou com o decorativo sendo citado 43 vezes, na delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-diretor da Odebrecht.   Dividida em “capítulos”, a delação de Melo foi devidamente turbinada pela mídia golpista. O Jornal Nacional, por exemplo, destinou  sete minutos  apenas ao “capítulo Temer”, cobrindo desde sexta-feira o depoimento do ex-diretor da Odebrecht, apresentado como o responsável pelas negociações entre a construtora e o Congresso Nacional.

Nassif: Xadrez do tribunal para a Lava Jato

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. por Luis Nassif - no GGN - 11/812/2016 - 13:14 Peça 1 - o xadrez e as análises estratégicas   Adotei o nome Xadrez na série sobre o golpe por duas razões:   1. Analisar realidades complexas.    Eventos dessa abrangência, que mexem com a vida e o futuro do país,  têm  inúmeros fatores de influência se entrelaçando, a crise econômica global, a política econômica interna, a geopolítica internacional, os interesses corporativos internos.    O desafio consiste em identificar as grandes linhas de mudança globais, a maneira como se interrelacionam e a resultante final.

Ciro Gomes sobre o caso Renan Calheiros e STF : "Estamos em estado de anarquia"

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Debate Estado de exceção X Democracia com Wadih Damous e Eugênio Aragão

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MAURO SANTAYANA: A ODEBRECHT, A "DELAÇÃO DO FIM DO MUNDO" E A JURISPRUDÊNCIA DA DESTRUIÇÃO.

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. Por Mauro Santayana - 10/12/2016 Responsável por ao menos dois dos programas estratégicos mais importantes do país, o da construção do submarino nuclear Álvaro Alberto, da Marinha e o do míssil ar-ar A-Darter, da Força Aérea, destinado a equipar os futuros caças Gripen NG-BR que estão sendo construídos com a Suécia, a Odebrecht está pagando caro por sua "proximidade" com os governos Lula e Dilma. Embora seja uma das mais importantes construtoras estrangeiras a operar em Miami, o bastião do anticomunismo “morocho-cubano” norte-americano, onde construiu o metrô suspenso, o maior estádio da cidade e fez reformas no porto e a ampliação do aeroporto, e mesmo com o seu principal executivo, Marcelo Odebrecht,  preso há quase dois anos, a justiça acaba de condenar também o patriarca da organização, o engenheiro Emilio Odebrecht, a quatro anos.

PGR escala 100 procuradores para delação da Odebrecht

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. Por Márcio Falcão - no JOTA - 10/12/2016 A Procuradoria Geral da República escalou 100 procuradores para ouvir os depoimentos de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht que assinaram acordo de colaboração premiada com a Operação Lava Jato. Essa é considerada a maior delação premiada já fechada no mundo – sendo que a empresa se comprometeu a pagar em multa e indenização R$6,7 bilhões, desembolsados ao longo de 20 anos. O acordo ainda é tido com o mais explosivo envolvendo o esquema de corrupção da Petrobras, atingindo em cheio o presidente Michel Temer e seu núcleo duro, além de mais de 10 governadores, 100 deputados e mais de 20 senadores, entre governistas e oposicionistas. Para a tomada dos depoimentos, os procuradores vão atuar em duplas e as falas ocorrerão em vários Estados. A empresa deve custear a maior parte dos deslocamentos dos delatores, o que deve representar uma economia para os cofres públicos. Leia mais >>

Nassif: Xadrez do assassinato político e o papel do MPF

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O XADREZ DO GOLPE SEX, 09/12/2016 - 23:23 ATUALIZADO EM 10/12/2016 - 16:30 Luis Nassif “O diabo é sábio por ser velho” Peça 1 – as peças iniciais do jogo É curioso a rapidez do tempo histórico nesses tempos de Internet e redes sociais. Há o lado da desestruturação das informações, pela quantidade e rapidez com que se sucedem os eventos. Mas há o lado da enorme rapidez dos diagnósticos em cima de eventos históricos ainda em andamento. É o caso da nova estratégia da geopolítica norte-americana, montada a partir do advento da Internet e das redes sociais. Ao longo dos últimos anos, foi possível acompanhar passo a passo esse jogo. No início, dada a aparente volatilidade dos fatos, íamos registrando o passo-a-passo, mas ainda mantendo dúvidas sobre as formas de organização: havia uma lógica, algum conhecimento sistematizado, ou apenas um ou dois eventos planejados e o resto se sucedendo de forma aleatória?

PML: Quem é contra eleição é trouxa ou canalha

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. por Paulo Moreira Leite - 10 de agosto de 2016 O derretimento de Michel Temer em praça pública, em função das delações da Odebrecht, tem dois efeitos cruciais para a conjuntura política e o futuro dos brasileiros. O primeiro é acelerar de forma dramática o debate sobre a substituição de Temer. O segundo é atualizar o debate sobre a realização de eleições diretas para presidente. Com o governo Temer cada vez mais perto do fim, tudo fica claro. Quem ainda é contra diretas é trouxa ou é canalha.

Flavio Aguiar: A inquietude de Sérgio Moro, o juiz da foto 'infeliz'

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DENTRO E FORA O juiz foi à Alemanha pensando em se consagrar, mas deparou-se com protestos, escrachos e questionamentos sobre sua parcialidade na condução da Lava Jato por  Flavio Aguiar   publicado  10/12/2016 16:08 BRASILIEXS DEMOKRATIE / FACEBOOK Chegada de Sergio Moro para palestra em universidade alemã teve protesto e questionamento Berlim – O juiz Sergio Moro veio a Heidelberg, para dar palestra no Instituto de Sociologia Max Weber, sobre a Operação Lava Jato, a convite do professor Markus Pholman, atrás de uma consagração. A Universidade de Heidelberg é uma das mais antigas e respeitadas da Alemanha e da Europa. Fundada no século 14, por ali passaram, além de Max Weber, Hegel e Toynbee. E há outros nomes, como Jaspers, Feuerbach, Gadamer etc.

Pato plagiado da FIESP levou R$ 6 milhões antes de ir às ruas “contra a corrupção”; “depois de muito choro”, diz Odebrecht

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Da Redação Viomundo - 10/12/2016 A empreiteira Odebrecht fazia muitos negócios nos e com os governos e os parlamentares. Na versão apresentada pelo operador do propinoduto da empresa à Lava Jato, era uma troca explícita entre dinheiro e legislação. Um dos “negócios”, segundo Claudio Melo, envolveu uma doação de R$ 10 milhões dividida assim: R$ 6 milhões para Paulo Skaf, o presidente da Fiesp, associação empresarial que teve papel decisivo no  impeachment de Dilma Rousseff. Skaf é o homem do pato de borracha — plagiado, aliás, de um artista holandês — que misturou a campanha pelo  impeachment  à campanha contra impostos enquanto embolsava a grana da Odebrecht. O dinheiro financiou a campanha mal sucedida dele ao governo de São Paulo, em 2014. Em resumo: ele recebeu propina, perdeu a eleição regional e foi às ruas lutar contra a “corrupção” dos outros.

Eugenio Aragão: Sinais de ameganhamento do Ministério Público e do Judiciário

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. por Eugênio Aragão - no GGN - 10/12/2016 A linguagem trai, por vezes, nossas mais íntimas intenções. Adjetivações em excesso, por exemplo, demonstram estado emocional desequilibrado de quem delas abusa em seus escritos argumentativos, seja no plano das asserções políticas, seja em peças processuais em juízo.    É razoável que a parte privada num processo, no uso de seu direito de espernear e na exibição de sua inconformação, lance mão de adjetivos e até de agressividade verbal. A defesa, numa ação penal, é, afinal a parte mais fraca e seu protesto verbalmente violento contra abusos de agentes público não é nada mais que o exercício do direito de manifestação política. Às favas com as descompensações emocionais!

Como em filme de Spielberg, Temer que restar não será o que aí está

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Por Helena Chagas - no site Os Divergentes - dezembro 10, 2016 Brasília amanheceu na paz dos cemitérios este sábado. Ninguém se arrisca a abrir a boca. Apesar de já ser esperada “a delação do fim do mundo”, o primeiro vazamento explosivo da delação da Odebrecht citando o presidente Michel Temer e praticamente todos os caciques importantes do PMDB pegou essa turma de surpresa num final de sexta-feira. Boa parte do que está hoje na detalhada matéria da Veja sobre o depoimento de Claudio Melo Filho, nos noticiários da TV Globo e nos impressos era mais ou menos esperada. Mas é que nem filme do Spielberg: você fica sabendo antes de todos os efeitos especiais, mas na hora em que vê sai impactado.

Delação da Odebrecht: Temer e Alckmin seriam beneficiários de caixa dois

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As delações da empreiteira começam a fazer primeiras vítimas. Pelo menos nas páginas dos jornais Por GIL ALESSI - no EL PAÍS - São Paulo 9 DEZ 2016 - 23:52 BRST Temer no Palácio do Planalto no dia 7 de dezembro.  EVARISTO SA   AFP No caso de Temer, noticia o  Buzzfeed , o caixa dois seria de 10 milhões de reais, que teriam irrigado as campanhas de Paulo Skaf ao Governo de São Paulo e outras campanhas do PMDB. O dinheiro teria sido entregue no escritório de advocacia de José Yunes, amigo e conselheiro próximo de Temer. Segundo o  ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho,  Temer acertou o repasse durante um jantar em maio de 2014 no Palácio do Jaburu. Yunes negou qualquer irregularidade ao  Buzzfeed  e se disse "indignado" com as acusações.  Temer já tinha sido mencionado no âmbito das delações da Lava Jato, mas não de uma forma tão direta, como personagem ativo em um pedido de caixa dois. A revelação de seu possível en

Quem é quem nos apelidos da lista da Odebrecht — e outros detalhes do vazamento

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. Postado em  9 de dezembro de 2016 DCM Do  jota : Ex-responsável pela área de Relações Institucionais da Odebrecht, maior empreiteira do país, Claudio Mello Filho citou em seu acordo de delação premiada ao menos 36 políticos, entre governistas e oposicionistas. No chamado anexo que contém os resumos do que será tratado na colaboração, Mello Filho promete relatar em detalhes aos investigadores sua relação com os principais integrantes da cúpula do PMDB, atingindo em cheio o núcleo duro do governo Michel Temer. Em trechos do acordo obtidos pelo JOTA, Mello Filho contou que foi acertado pagamento de R$ 10 milhões por Marcelo Odebrecht ao PMDB, em jantar no Palácio do Jaburu que teve em maio de 2014 com Temer e peemdebistas. Parte dos recursos foi entregue em dinheiro vivo no escritório de advocacia de José Yunes. Trechos dos anexos da colaboração do executivo foram revelados pelo site Buzfeed.

Paulo Nogueira: A delação da Odebrecht faz de Temer um morto-vivo.

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Postado em   09 Dec 2016 por :   Paulo Nogueira Acabou A enxurrada de notícias de corrupção em que o protagonista é Temer remete a uma situação que o país enfrentou há pouco tempo. Temer é o novo Eduardo Cunha. Chegou um momento em que não só os brasileiros se perguntavam como diante de tantas provas colossais de crime Cunha permanecia na presidência da Câmara. Também o mundo se intrigava com a impunidade. Para a imagem do Brasil perante a comunidade internacional, foi um horror. Temer repete Cunha. Esta sexta foi particularmente sinistra para ele. A informação de que ele pediu — e levou —  10 milhões de reais  da Odebrecht para favorecê-la tem um poder destruidor parecido com a revelação das contas secretas de Cunha na Suíça.