Cunha ironiza cassação pós-impeachment, bate em Dilma e não desgruda de Temer
POR FERNANDO BRITO · 05/05/2016 Se Michel Temer esperava se livrar de Eduardo Cunha, não rolou… Na entrevista que deu logo após a confirmação do seu afastamento pelo STF Eduardo Cunha focou três pontos. O primeiro, obvio, de que dar liminar depois de seis meses do pedido é algo que, juridicamente, chega aos foros do ridículo. Os fundamentos de cautelar são, como se sabe, o “periculum in mora” (perigo na demora) e este tanto havia que, em seis meses, Cunha iniciou e praticamente concluiu o “crime do século”: a deposição de uma presidente eleita e o “fumus bonis juris” (fumaça do bom direito), isto é, sinais convincentes de que as acusações procediam. De novo, aí, os 11 pontos que embasaram a decisão do STF são “velhos conhecidos”, E o próprio Cunha faz a pergunta mortal: “por que só depois da votação do impeachment?”