Afastamento mostra que Cunha usou cargo em benefício próprio, diz AGU

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O advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, disse que a decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, que que afastou o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de suas funções na Câmara, inclusive da Presidência da Casa, é uma prova “muito importante” de que o peemedebista usava o cargo para finalidades estranhas ao interesse da função.
“No caso do impeachment é exatamente o que estamos alegando: ele usou em beneficio próprio quando ameaçou a presidente da República que abriria o processo impeachment se não tivesse os votos”, afirmou Cardozo, ao lembrar que o pedido de impedimento foi aceito no mesmo dia em que deputados petistas declararam que não iriam apoiar Cunha no processo que pede a cassação de seu mandato, em tramitação no Conselho de Ética da Casa, desde novembro de 2015.
As declarações foram dadas logo que Cardozo chegou ao Senado, na manhã desta quinta-feira (5/5), onde participa, pela segunda vez, de sessão da comissão especial que analisa o afastamento de Dilma. Para o chefe da AGU, a decisão do Supremo deve ser vista como uma “demonstração de seu modus operandi [de Cunha]” e reforça os argumentos da defesa de Dilma. “Cunha agia em desvio de poder, para obstacularizar sua própria investigação. Agora ficou evidenciado”, completou.

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