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Michael Löwy: Não à guerra das civilizações

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Michael Löwy comenta as repercussões dos atentados de Paris Publicado em   26/11/2015 [Michael Löwy na sede da Boitempo Editorial em 2015. Foto: Artur Renzo] Por  Michael Löwy . Tradução de Mariana Echalar. Só podemos reagir com horror à loucura assassina dos atentados jihadistas em Paris. Eles são uma “represália” aos bombardeios franceses na Síria? Ou uma punição à França “imoral e descrente”? Poderíamos discutir ao infinito, mas o essencial não é isso. Esses massacres terão como resultado político o fortalecimento da extrema direita racista e islamofóbica; eles agravarão a situação da população muçulmana na França, que em sua esmagadora maioria não tem nenhuma afinidade com o jihadismo; e dificultarão ainda mais a necessária acolhida dos refugiados, em especial os da Síria. Podemos nos perguntar se não é exatamente esse o objetivo dos mandantes do crime: criar condições para uma “guerra de civilizações” entre uma Europa racista e um Islã jihadista. A única bússola que

O rebelde que se gabou de matar o piloto do Su-24 russo

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Sputnik News - 28/11/2015 Foi Alparslan Celik, o segundo no comando da Divisão Costeira dos Turcomenos, que confirmou que tinha disparado contra os dois pilotos russos quando eles estavam descendo de paraquedas. Ele também alegou que ambos foram mortos, embora esta alegação tenha sido refutada mais tarde. "Ambos os pilotos foram mortos. Os nossos camaradas abriram fogo e eles morreram no ar", disse ele aos repórteres logo após o incidente, mostrando o que parecia ser um pedaço de um paraquedas como prova. Celik, de acordo com o RT, não é um turcomeno, mas um cidadão turco, e parece ser um dos filhos do prefeito de Keban, uma pequena cidade na província de Elazig. Celik também é alegadamente um membro dos Lobos Cinzentos, uma organização de jovens, muitas vezes descrito como ultranacionalista ou neofascista.

A rede do terror turco entrou na alça de mira da Rússia

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. ORIENTE mídia - 28/11/2015 27/11/2015,  MK Bhadrakumar,  Indian Punchline Tradução Vila Vudu Análise cuidadosa das longas declarações russas nos últimos três dias sobre as tensões com a Turquia sugere que Moscou descartou (pode-se dizer, totalmente) a teoria conspiracional de que Ancara teria tomado a desgraçada decisão de derrubar o jato russo na 3ª-feira passada com tácito encorajamento dos EUA. Dado o clima prevalecente nos laços russos com o ocidente, não deve ter sido surpresa para Moscou que o secretário-geral da OTAN Jen Stoltenberg tenha manifestado o apoio rotineiro à integridade territorial da Turquia, ou que o presidente Barack Obama tenha visto o incidente da 3ª-feira pelo prisma do jogo que se vai consumando na Síria. Importante, Moscou com certeza observou que ambos, a OTAN e Obama aconselharam a Turquia a ‘des-escalar’ com a Rússia e deixaram claro que se trata de assunto entre Ankara e Moscou. (Ver no meu blog,  US, OTAN tell Turkey to ‘deescalate’ with

Helena Sthephanowitz: Corre que o “japonês bonzinho” vem aí

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Por Helena Sthephanowitz - 28/11/2015 O agente da Polícia Federal Newton Hidenori Ishii é um dos rostos mais conhecidos da Operação Lava-Jato. Todo preso que chega na carceragem de Curitiba, ou é transferido, aparece ao lado do policial na maioria das fotos. Foi assim com José Carlos Bumlai, Marcelo Odebrecht, João Vaccari Neto, Pedro Corrêa, Ricardo Pessoa... Todos com Ishii, que quase sempre está de óculos escuros e colete. Com a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), a atenção dos leitores se voltou novamente para Ishii por conta do diálogo gravado entre o parlamentar; Edson Ribeiro, advogado de Nestor Cerveró; Bernardo Cerveró e Diogo Ferreira, chefe de gabinete do parlamentar. Nas gravações, em um dos trechos acerca do vazamento dos termos da delação premiada do ex-diretor da estatal, Bernardo Cerveró citou uma escuta instalada na cela, e o senador questionou: "Alguém pegou isso aí e deve ter reproduzido. Agora quem fez isso é que a gente não sabe."

Após 40 anos, Operação Condor ainda é ferida aberta na América Latina

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HISTÓRIA Cooperação entre ditaduras civis-militares da América do Sul e serviço secreto norte-americano perseguiu e matou opositores e lideranças de esquerda por  Redação da RBA   publicado  28/11/2015 10:54 REPRODUÇÃO/LATUFF Operação Condor facilitou a tortura e morte de mais de 400 mil vítimas, durante as décadas de 1970 e 1980 São Paulo – Após 40 anos do fim da Operação Condor, aliança entre regimes civis-militares da América do Sul com o serviço de inteligência dos EUA, que teve como objetivo principal eliminar opositores dessas ditaduras e lideranças de esquerda, os impactos das perseguições, torturas e assassinatos ainda são sentidos por várias gerações. Na Argentina, por exemplo, jovens adotados nascidos naquela época descobrem, muito tempo depois, que seus pais biológicos foram eliminados pelo estado. No Brasil, famílias também foram destroçadas por exercerem a militância política, que podem ser conferidas no site da Comissão Nacional da Verdade. Situaç

De quem é a culpa pelos infortúnios de Delcídio, segundo a mulher dele. Por Paulo Nogueira

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Postado em   28 nov 2015 por :   Paulo Nogueira A culpa é de Dilma Quero me inteirar sobre o caso Delcídio e digito seu nome no Twitter. Chego logo a uma  nota  fabulosa, escrita pela nova titular da coluna Radar, da Veja, a ex-Folha Vera Magalhães. No mundo do jornalismo de nossos dias, não configura conflito de interesses Vera ser casada com um assessor de Aécio. Bem, Vera reproduz uma frase atribuída à mulher de Delcídio, Maika. Segundo Vera, num telefonema Maika revelou de quem é a culpa pelos infortúnios do marido. É de Dilma,  aquela fdp , diz a nota.

Mujica em Santa Catarina: “não é preciso complicar; é só não ser mau”. Assista

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OR  FERNANDO BRITO  · 28/11/2015 . Foram raríssimas as notícias na imprensa, mas anteontem esteve no Brasil, novamente reunindo uma multidão de jovens, o ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica, desta ver falando na Universidade Federal de Santa Catarina na abertura da a 11ª Conferência da Juventude Latino-Americana sobre Mudanças Climáticas. Reproduzo, abaixo, o vídeo de sua fala, não sem antes apresentár seu conteúdo – um forte discurso anticonsumismo – com um trecho do que dela narra o texto do site da UFSC, que mostra um homem capaz de falar verdades sem convencionalidades, numa linguagem que todos entendem, sobretudo os jovens e que, por ser entendida, pode ser compreendida.

Lula: "Apesar das manchetes negativas, este país trabalha"

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Instituto Lula - 27/11/2015 Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta (27) do ato "Territórios em Movimento", “Territórios em Movimento: articulação e gestão para o, desenvolvimento sustentável”, organizado pela Rede Nacional de Colegiados Territoriais. O encontro aconteceu na cidade de Valentes, no interior da Bahia, e reuniu 2 mil pessoas.  A região é conhecida por produzir sisal. Antes de se eleger à presidência, Lula visitou o local com as Caravanas da Cidadania, nos anos 90. Na época, relembrou o ex-presidente, havia muitos trabalhadores amputados devido ao manuseio do sisal. Hoje, porém, a realidade é diferente.  Em sua fala, Lula também lembrou de suas origens e das condições sociais no nordeste: " Saí de Pernambuco em 1958 para não morrer de fome. Quando voltei em 1977, meus parentes viviam do mesmo jeito".  "Precisamos chegar lá [à presidência] para mudar, criar o Luz Para Todos. N

Mauricio Dias: Delações aos magotes

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Na ação do juiz Moro, a prisão antecipa a pena. Lá se vai a presunção de inocência por  Mauricio Dias  —  na Carta Capital  -  publicado  27/11/2015  Conte-nos, por favor, as delícias de uma temporada no Waldorf Astoria V em da sabedoria popular, como quase sempre, a explicação mais simples e sincera sobre as ações da Polícia Federal e do Ministério Público em torno da  Operação Lava Jato , conduzida a ferro e fogo pelo juiz  Sergio Moro : o peixe morre pela boca. Talvez não haja no Brasil de agora um instrumento jurídico mais popular do que a contestada delação premiada inaugurada na Lava Jato em outubro de 2014, mas presente na história do Brasil desde 1789, ano em que Joaquim Silvério dos Reis delatou Tiradentes. No presente momento, em pouco mais de um ano, estão computados mais de 30 delatores. Paira no ar, no entanto, a ameaçadora informação de  Rodrigo Janot dada na sabatina no Senado, quando foi reconduzido ao cargo de procurador-geral da República. Até então, d

Ataque a caça russo tem dedo de Washington - colunista independente.

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Sputnik News - 27/11/2015 A Turquia é um peão no jogo geopolítico contra a Rússia, e Ancara há muito tempo apoia o Estado Islâmico em nome de Washington, lucrando com o petróleo roubado da Síria, afirma o pesquisador independente e escritor Timothy Alexander Guzman. © SPUTNIK/ MIKHAIL VOSKRESENSKY Ministro sírio: Turquia quer restabelecer o Império Otomano Segundo Guzman, a provocação turca contra a Rússia não é "nem um pouco surpreendente", e o dedo de Washington se mostra presente na mais recente ação de Ancara. "Vamos considerar os fatos. As forças do governo sírio, ao lado da Rússia, viraram a maré contra o Estado Islâmico. É um fato conhecido que EUA, França, Grã-Bretanha, Turquia, Israel, Arábia Saudita e Catar armaram, financiaram, treinaram ou forneceram esconderijos para o Estado Islâmico em algum momento", escreve Guzman em seu artigo para o site Silent Crow News. Segundo ele, são os turcos que estão controlando a situação no solo, sob

Gonzaguinha - (O que é, o que é?) viver e não ter a vergonha de ser feliz

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Gonzaguinha - "Nunca pare de sonhar"

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Os jagunços cercam os guaranis

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Foram 138 mortes em 2014: Quem está matando os índios no Mato Grosso do Sul? Por que essas mortes se repetem? Renan Antunes de Oliveira - Agência Pública - na Carta Maior - 27/11/2015 . No final de outubro, eu estava internado num hospital em Porto Alegre quando recebi um whatsApp: precisa-se de repórter para viajar para o Mato Grosso do Sul (MS) a fim de investigar crimes no mundo guarani – foram 138 mortes em 2014, segundo dados do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).   A mensagem citava os crimes mais recentes: alguém furou a barriga do cacique Elpídio, de Potrero Guasu, em setembro; jagunços mataram o guerreiro Simeão, em agosto, em Marangatu; uma criança índia sumiu durante uma escaramuça com fazendeiros, em junho, na área indígena Kurusu Amba – nesse caso, a denúncia era do Ministério Público Federal (MPF).   Notem: era só índio tomando chumbo.   Dei uma busca no Google por “morte do índio Simeão”. Nada nos grandes portais nem nos jornalões – até aí

Paulo Nogueira: A Folha reinventou o conceito de jornalismo com a foto de Lula na 1.a página.

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Postado em   27 nov 2015 por :   Paulo Nogueira Neojornalismo A Folha reinventou o conceito de jornalismo em sua primeira página de hoje. Sobre a manchete que tratava da prisão de Delcídio, o jornal publicou uma enorme foto de Lula, de autoria de Jorge Araújo. Não um Lula qualquer, naturalmente. Um Lula abatido, sombrio, com ar de derrotado. Dando, diria um poeta parnasiano, adeus às ilusões. O bom blogueiro Mario Magalhães, do UOL, conseguiu ver na foto uma imagem histórica, épica. Quanto a mim, vi uma espetacular demonstração de antijornalismo. Lula não tinha nada a ver com a manchete de Delcídio. Que outro objetivo poderia haver, ali, se não o de associar Lula a Delcídio e, portanto, à sujeira e à corrupção? Foi o triunfo da manipulação e, também, da preguiça. Suponha que a foto seja, de fato, extraordinária, como disse o blogueiro MM.

Pepe Escobar: Por que a Turquia apunhalou a Rússia pelas costas

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. ORIENTE mídia - 27/11/2015 27/11/2015, Pepe Escobar,  Telesur English Tradução Vila Vudu Os objetivos de Rússia e Turquia na luta contra o grupo ‘Estado Islâmico’ são diametralmente opostos. É absolutamente impossível compreendermos por que o governo turco abraça a estratégia suicidária de derrubar um SU-24 russo sobre território sírio – tecnicamente uma declaração de guerra da OTAN à Rússia –, sem a considerarmos no contexto real o jogo de poder de Erdogan no norte da Síria.O presidente Vladmir Putin disse que a derrubada do jato russo havia sido uma “punhalada nas costas”. Vejamos como os fatos em solo levaram àquela punhalada.Ancara usa, financia e arma uma coleção de grupos extremistas em todo o norte da Síria, e precisa, a qualquer custo, manter abertas linhas de suprimentos para eles a partir do sul da Turquia; afinal, tudo de que aqueles grupos tem de fazer é conquistar Aleppo, o que abriria caminho para o Santo Graal de Ancara: a ‘mudança de regime’ em Damasco