Como uma gravação ajudou os Ministros do STF a não serem acusados na Lava-Jato
POR FERNANDO BRITO · 25/11/2015 . Se não houvesse a providencial gravação feita pelo filho de Nestor Cerveró das conversas do advogado seu pai com Delcídio Amaral e André Esteves (gravação que, aliás, podem ter sido sugeridas pelos que negociaram sua delação premiada) poderíamos estar vivendo uma situação absolutamente esdrúxula. Afinal, se a delação fosse de tudo o que sabia, Cerveró poderia ter dito que seu advogado ouviu de ambos que os ministros Teori Zavascki e Dias Toffoli já tinham sido “conversados”, que Luiz Fachin seria e o mesmo ocorreria com Gilmar Mendes, por obra de Renan Calheiros e Michel Temer. No método do “ouvi dizer”, seria o suficiente para a Veja, por exemplo, publicasse uma capa escandalosa, com a foto dos dois ministros, na base do “Eles Sabiam de Tudo”.