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Apartheid brasileiro criou dois planetas distintos

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Por  Ivan Marsiglia , no  Estadão O País discute o que vai pela cabeça daqueles rapazes de bombeta e bermudas, que se endividam para comprar um tênis Mizuno, a congestionar os corredores dos shopping centers – estes também chamados aqui e ali de “templos do consumo”, “espaço privado aberto ao público” ou “única opção de lazer na quebrada”, de acordo com o gosto do freguês. Os rolezinhos entraram com tudo no vocabulário político nacional e andaram nas bocas do prefeito Fernando Haddad, do governador Geraldo Alckmin e até da presidente Dilma Rousseff. Para o sociólogo potiguar Jessé Souza, doutor pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha, e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, com todas as interpretações que se possam atribuir ao fenômeno (e, em especial, às reações da sociedade brasileira a ele), uma coisa é certa: estamos diante de “um reflexo do apartheid brasileiro que separa, como se fossem dois planetas distintos, os brasileiros ‘europeizados’, da cl

Filme busca raízes do mal ao analisar pelotões nazistas

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"Das radikal Böse" estreou em janeiro na Alemanha Diretor Stefan Ruzowitzky tenta descobrir como jovens normais se tornam máquinas de matar por Deustche Welle — publicado 20/01/2014 O cineasta austríaco Stefan Ruzowitzky (vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2008 com  Os falsários ) ousa se equilibrar numa tênue linha entre a explicação e a acusação, tentando tirar lições para nossa sociedade atual. Das radikal Böse  ("O mal radical", em tradução livre) é uma espécie de ensaio cinematográfico documental, que se propõe desvendar como homens psiquicamente saudáveis podem se tornar verdadeiras máquinas de matar. Neste caso, os objetos da pesquisa são os membros dos chamados  Einsatzgruppen  ("forças-tarefa") grupos paramilitares comandados pelas SS, que durante a Segunda Guerra assassinaram cerca 2 milhões de pessoas, na maioria judeus, nos territórios do Leste Europeu ocupados pela Alemanha.

Saúde Não Tem Preço beneficia 18 milhões de pessoas com remédios para hipertensão e diabetes

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Café com a Presidenta Iniciativa completa três anos e oferece remédios de graça para o tratamento dessas doenças. Desde 2012 benefício é estendido para a medicação da asma por Portal Brasil No programa Café com a Presidenta desta segunda-feira (20), Dilma Rousseff  falou sobre o programa Saúde Não Tem Preço, que além dos 18 milhões de beneficiados com os remédios para hipertensão e diabetes, já alcançou 1,2 milhão de pessoas com remédio de graça para a asma. A presidenta também destacou a vacinação contra o HPV, que será oferecida a meninas de 11 a 13 anos de idade. Cada menina vai receber três doses de vacina e, no ano que vem, o governo vai expandir a vacinação para meninas de 9 a 11 anos. Confira na íntegra o programa:

Genoino: Barbosa, muito obrigado !

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São os mesmos que esquartejaram o ativista político Joaquim José da Silva Xavier.  O Conversa Afiada reproduz texto de Gerson Carneiro postado no Facebook do Conversa Afiada : Companheiros, Estou orgulhoso de nós. Podemos escolher escrever a História ou sermos passivos. Melhor ainda participar ativamente da História defendendo nobres causas. Há ainda os que escolhem apenas atirar pedras. Até aí, nenhuma novidade. A história nos revela que nunca e nada foi fácil aos que batalham por liberdade, justiça, dignidade e honra. Também nos revela que nunca desistimos. E nunca desistiremos.

Monsanto: Milho, censura e corrupção na ciência

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   Uma equipe científica publicou um artigo que mostrava que cerca de 60% de ratos de laboratório alimentados com milho transgênico desenvolveram câncer Sílvia Ribeiro (*) Em 2012, uma equipe científica liderada por Gilles-Éric Séralini publicou um artigo que mostrava que ratos de laboratório alimentados com milho transgênico da Monsanto, durante toda a sua vida, desenvolveram câncer em 60-70% (contra 20-30% em um grupo de controle), além de problemas hepático-renais e morte prematura. Agora, a revista que publicou o artigo retratou-se, em mais uma amostra vergonhosa de corrupção nos âmbitos científicos, já que as razões apresentadas não são aplicadas a estudos similares da Monsanto. O editor admite que o artigo de Séralini é sério e “não apresenta incorreções”, mas avança que “os resultados não são conclusivos”, algo característico de uma grande quantidade de artigos e que faz parte do processo de discussão científica.

Scorsese em Wall Street: oportunidade e ganância

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O que interessa a Scorsese é mostrar uma imagem não panfletária de alguns pilares do sonho americano: agressividade, violência e obsessão pelo dinheiro Léa Maria Aarão Reis O que interessa a Martin Scorsese, 71 anos, ítalo-americano nascido no Queens, bairro de imigrantes católicos de classe média de Nova Iorque, é mostrar no seu cinema, que continua sendo de vertiginosa agilidade, uma mega imagem não panfletária de alguns pilares do sonho vendido pelo marketing e da cultura americana: agressividade, violência e obsessão pelo dinheiro. O tema permeia praticamente todos os seus filmes - Os bons companheiros, Caminhos Perigosos, Taxi Driver, Touro Indomável, As Gangues de Nova Iorque, Cassino, o excepcional Os infiltrados (pelo qual ganhou um Oscar) e agora O lobo de Wall Street, que concorre novamente ao premio máximo do cinema americano.

A crise acelera o declínio do império americano

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A China consolidou em 2013 a posição de maior potência comercial do planeta, com o valor de sua corrente comercial (exportações mais importações), de US$ 4,16 trilhões, superando pela primeira vez o realizado pelos Estados Unidos, US$ 3,9 trilhões. O império ainda mantém a posição de maior importador do mundo, mas isto não deve ser interpretado como um sinal de força, é o resultado do déficit comercial e do parasitismo econômico. O comércio exterior reflete o intercâmbio produtivo entre as nações, sobretudo da indústria, e cumpre um papel central na valorização, acumulação e formação de capitais, principalmente aqueles cujo destino é a exportação, o investimento externo. O gigantismo do comércio chinês resulta diretamente do poder industrial, que se desloca dos EUA para a China e de uma maneira mais ampla do chamado Ocidente para o Oriente.

Dilma, a mídia e a coragem

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Por Bepe Damasco, em seu blog: Lendo a auspiciosa notícia de que o presidente Barack Obama fez uma espécie de mea culpa, dizendo para o mundo que não vai mais espionar governantes de países aliados, lembrei do título do livro sobre a vida da presidenta Dilma ("O que a vida quer é coragem"), escrito pelo jornalista Ricardo Moraes, que li há cerca de dois anos. Sim porque deve-se à Dilma o arrefecimento da sanha bisbilhoteira do império. Foi ela que com muita coragem, como lembra matéria publicada nesta sexta-feira, 17, pelo Portal 247, chamou o embaixador dos EUA às falas, disse poucas e boas cara a cara, olho no olho, para Obama, usou a tribuna da Assembleia da Organização das Nações Unidas, em Nova York, para denunciar a espionagem de Tio San como típicas violações de direitos humanos e da soberania dos países, além de ter cancelado uma viagem oficial aos EUA.

O PSDB e a barbárie nos EUA e Europa

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Por Altamiro Borges O jornal francês Le Monde publicou neste sábado (18) um denso artigo sobre a brutal regressão social nos EUA e na Europa. Assinado por Alan Frachon, o texto tem um título emblemático: “Capitalismo retorna aos anos 1920”. Nesta semana, outros veículos também noticiaram o aumento da miséria e do desemprego no mundo. Já o renomado intelectual Noam Chomsky advertiu que a barbárie impera nos EUA em decorrência das políticas de choque impostas pela oligarquia financeira. Mesmo com estes dados aterrorizantes, os tucanos nativos insistem em defender o mesmo receituário neoliberal que devasta a Europa e os EUA e pregam o retorno à era destrutiva de FHC, com a candidatura cambaleante de Aécio Neves.

Quantos sábados o Iguatemi aguentaria fechado?

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Há 57 anos uma negra chamada Rosa Parks deu um rolezinho sobre as prerrogativas dos brancos no transporte coletivo de Montgomey, nos EUA. por: Saul Leblon  O Museu Henry Ford, em Detroit, nos EUA, guarda inúmeras relíquias  da história norte-americana sobre rodas. O veículo no qual  Kennedy foi baleado  está lá. Gigantescas locomotivas  que desbravaram a expansão ferroviária do país no século XIX ilustram em toneladas de ferro e aço  o sentido da expressão revolução metal-mecânica. Perto delas os esqueléticos Fords-bigode que deram origem à indústria automobilística, de que Detroit foi a capital um dia, parecem moscas. O museu abriga  também um centenário ônibus da ‎ National City Lines, de número 2857, um GM com o número  1132, que fazia a linha da Cleveland Avenue na cidade de Montgomery, no Alabama,  em  1 de dezembro de 1955.

Governo se tornou refém da centro-direita

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Autor: Miguel do Rosário Uma das qualidades mais admiráveis em Luis Nassif é sua luta incansável para elevar o nível dos debates políticos no Brasil. Os mineiros (alguns) são nossos ingleses, que discutem situações de vida e morte em voz baixa, sem perder o cavalheirismo ou derrubar a xícara de chá. Não fosse pelo conteúdo, interessante e atual,  um post de Nassif , publicado hoje, valeria apenas pelo nobre esforço do jornalista em manter acesa uma polêmica, em torno de um tema explosivo, sem desafinar. É um esforço comovente, que me faz lembrar dos diálogos de Platão, que descreve um Sócrates sempre bem-humorado e cavalheiro, que pede desculpas ao discordar e elogia a inteligência de seus adversários.

Reeleição de Alckmin sofre duro revés com decisão de Campos de lançar candidato próprio em SP

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Autor: Miguel do Rosário Marina Silva, a rainha do tripé, ganhou a queda-de-braço com o PSB paulista e conseguiu impor o que desejava: o PSB não apoiará a reeleição de Geraldo Alckmin. Ao invés disso, terá um candidato próprio, ainda a ser definido. A batalha agora é indicar quem seria o tal candidato. Toda a articulação da Marina para derrubar a aliança entre PSB e PSDB tinha como objetivo impor um candidato que tivesse a cara da “nova política”. Caso o PSB imponha um candidato convencional, da velha política, como Márcio França, presidente regional do PSB, o desgaste terá sido em vão.

Os vazamentos de inquéritos do Ministério Público paulista

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Luis Nassif Hoje em dia, é mínimo grau de confiabilidade das notícias. Qualquer procurador que tenha dado entrevistas a jornais sabe desses problemas, o uso indevido das aspas, as conclusões incorretas do que falam, a seleção de declarações que melhor se amoldem aos objetivos da pauta. Muitas vezes, trata-se apenas de incompetência da cobertura jornalística, nesses períodos de redução das redações, de contratação de estagiários e da pressa para competir no noticiário online.

Eduardo Campos joga a toalha em 2014 para enfraquecer Alckmin como adversário em 2018

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Aécio e Eduardo Campos no restaurante Fasano, Ipanema, Rio. Um quer o apoio do outro, mas a nenhum interessa apoiar o outro. São adversários em 2014 e serão adversários em 2018, incluindo Alckmin. Por que um colocaria azeitona na empada do outro, fortalecendo o adversário de 2018? Por: Zé Augusto Do Blog Os Amigos do Presidente Lula Não é difícil entender porque Eduardo Campos (PSB-PE) decidiu que o PSB lançará candidato próprio em São Paulo contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Não foi mera concessão à Marina Silva (PSB-AC), apesar disso aplacar uma "revolta dos marineiros". Quem "traiu" politicamente Lula não teria cerimônia em trair Marina também, se achasse interessante para suas ambições políticas. A decisão foi cálculo político do próprio Eduardo Campos. Vendo que há 8 meses das eleições os apoios que recebe não dará para encher seu copo de votos até outubro, Eduardo Campos praticamente joga a tolha e passa a operar com vistas a 2018, pr

Eleições:O panorama visto de janeiro

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Seguindo as tendências das outras eleições, Dilma ganhará este ano Desde o fim da ditadura, em todas as eleições que fizemos, as pesquisas disponíveis em janeiro conseguiram antecipar o que as urnas mostraram. Em três, os favoritos no início do ano eleitoral terminaram vencendo. Em janeiro de 1998, Fernando Henrique Cardoso liderava e nenhum adversário apresentava  fôlego para derrotá-lo. Lula chegou a quase empatar nas pesquisas de junho, mas a vantagem do tucano prevaleceu. Nas duas oportunidades em que Lula teve sucesso, a mesma coisa: em janeiro de 2002, obtinha índices parecidos à votação que recebeu no primeiro turno. José Serra, Anthony Garotinho e Ciro Gomes, cada um de sua vez, cresceram, mas nenhum se firmou. Quatro anos mais tarde, algo semelhante. De janeiro de 2006 para a frente, o petista nunca perdeu a dianteira.