Iraque em chamas: o fracasso dos EUA no Oriente Médio
Com as tropas inimigas a cerca de 110 quilômetros de Bagdá, depois de mais de cem mil nortes, Obama deve refletir sobre como não terminar seu governo na solidão Por Francisco Carlos Teixeira Na Carta Maior Mesmo antes de sua ascensão ao poder, em 2001 (governará até 2009), George Bush imaginou as possibilidades ilimitadas de construção de novas bases de poder americano. Um dos pilares, deste poder renovado, seria a reconstrução da presença política, militar e econômica no coração do Oriente Médio. Assim, tendo um largo tripé de força na região, formado pela Turquia (membro da OTAN), Israel e Egito, com a presença financeira da Arábia Saudita, acreditavam poder tomar um país médio, rico em recursos, com uma posição central e uma boa elite formada (e vivida) nos exílios norte-americano e britânico, como “região-pivô” para a renovação da hegemonia norte-americana. Este país seria o Iraque. Uma ditadura laica, com veleidades passadas de tipo “socialismo árabe” (do Partido Baa