Para ler Donald Trump - Sobre queimar livros, mas não ideias
14/9/2017, Ariel Dorfman, * Tom Dispatch Postado por Dario Alok Os organizadores da reunião de suprematistas brancos em Charlottesville mês passado sabiam bem o que estavam fazendo quando decidiram carregar tochas em marcha noturna para protestar contra a derrubada de uma estátua de Robert E. Lee. Aquelas chamas dentro da noite visavam a evocar memórias de terror, de marchas passadas movidas a ódio e agressão puxadas pela Ku Klux Klan nos EUA e do Freikorps de Adolf Hitler na Alemanha. Os organizadores queriam transmitir um 'aviso' aos que assistiam à marcha: essa violência passada, perpetrada em defesa do "sangue e solo" da raça branca, pode ser novamente mobilizada e usada nos EUA de Donald Trump. De fato, logo no dia seguinte, naquele fatal 12 de agosto, os mesmos fanáticos nacionalistas dispararam uma orgia de brutalidade que levou à morte de três pessoas e ferimentos em muitas mais.