Postado em 26 de julho de 2015 - Da coluna de Janio de Freitas na Folha : No DCM Na internet, no celular, em Brasília, no Rio, o deputado Eduardo Cunha multiplica-se em contatos e esforços que o fazem mostrar-se como pessoa confiante, que de fato é, e inatingível agora como o foi pelas muitas situações críticas que personificou. Mas desta vez há uma surpresa, inconciliável com os seus seis meses de domínio absoluto da maioria da Câmara. Eduardo Cunha é um daqueles tipos que fazem paus mandados a granel. Em cada uma de suas situações embaraçosas, há sempre mãos de gato para negar que seja o autor de documentos, de intermediações, da articulação de negócios exóticos. E, ao que se saiba, sempre há também lealdade de sua parte. Um dos pormenores da acusação que o atinge na Lava Jato, e que ele repele, é sua alegada advertência, a um pagador de US$ 5 milhões, de que não faltasse igual pagamento a seu companheiro na operação. O mão de gato no caso.