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O Estado em três tempos: opressor, indiferente e cuidadoso

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Os 25 anos da descoberta das ossadas de Perus, em São Paulo, numa das mais simbólicas heranças do período de governo militar, mostram diferentes faces do poder público por  Vitor Nuzzi  - na RBA DANILO RAMOS / RBA Especialistas trabalham na análise e catalogação das ossadas de Perus. De 112 caixas abertas em 2014, 26 tinham ossos misturados Em setembro de 1990, a abertura de uma vala clandestina no Cemitério Dom Bosco, na zona noroeste de São Paulo, revelou a existência de 1.049 ossadas. Ali haviam sido enterrados indigentes, vítimas de esquadrões da morte, crianças mortas por meningite – e presos políticos. Quem acompanha o caso acredita que esses restos mortais encontrados no bairro de Perus podem ser de pelo menos 40 desaparecidos durante a ditadura. Nesse um quarto de século, que coincidiu com a volta da democracia, as ossadas foram levadas para lá e para cá e expostas às piores condições, evidenciando descaso do poder público com a importância histórica e políti

Manifestações da 'middle class': polifonia e ódio de classes dos 'filhos da mídia'

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Devorados pela ignorância política propagada pela mídia, os manifestantes vociferavam seu ódio ao PT, aos partidos e à política, sem propostas concretas. Francisco Fonseca As manifestações ocorridas no domingo, dia 15/03, encerram algumas lições que, embora mereçam maior maturação, podem ser sintetizadas em alguns temas-chave. POLIFONIA O primeiro deles refere-se à constatação de que os manifestantes não têm um foco claro e sobretudo não têm a mínima noção sobre o processo político. Em outras palavras, há clara polifonia de insatisfações, envoltas num conservadorismo difuso: crítica genérica à corrupção, preocupação com a perda de privilégios, sentimento de “caos”, temor quanto ao futuro econômico, crença em governo sem partidos, arroubos autoritários, não aceitação do resultado eleitoral e, claro, a ira contra um partido que promoveu importante diminuição das desigualdades sociais.

Como os malfeitos da Sabesp se interligam com os escândalos do Trensalão e da Petrobras

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por :   Pedro Zambarda de Araujo Dilma Pena, ex-presidente da Sabesp, e Alckmin Esta é mais uma reportagem da série do DCM dedicada a investigar o papel da Sabesp e de seu controlador, o governo do estado de São Paulo, na crise da falta de água. As demais matérias estão  aqui . Fique ligado.   A crise da falta de água em São Paulo por causa do colapso da Sabesp se conecta com outros dois casos de corrupção: o trensalão e o escândalo da Petrobras. São histórias que se entrelaçam e que ajudam a entender melhor a corrupção no Brasil e seus protagonistas.

Delfim Netto: Ainda dá tempo

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Diante das dificuldades enfrentadas, Dilma escolheu um caminho mais realista, é preciso reconhecer por  Delfim Netto  - na Carta Capital                                  Roberto Stuckert Filho /PR Dilma se aproximou da administração "normal" dos países mais bem-sucedidos O  objetivo final da nossa organização social é permitir a cada um construir a sua própria humanidade, que não se esgota no trabalho exigido para sua pura subsistência. Pelo contrário, é preciso deixar a cada cidadão mais tempo para realizar-se plenamente, o que exige dele cada vez maior produtividade no trabalho de atender às suas necessidades materiais.

Pepe Escobar: Irã e EUA entrecruzam-se no “Siriaque”

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11/3/2015,  [*] Pepe Escobar ,  Russia Today–RT How Iran and the US intersect in “Syraq” Traduzido pelo pessoal da  Vila Vudu   POSTADO POR  CASTOR FILHO SIRIAQUE Na 4ª-feira (11/3/2015), na Comissão de Relações Exteriores do Senado dos EUA, aconteceu debate carregado de suspense. Imaginem o Secretário de Estado, John Kerry, o novo supremo do Pentágono, Ashton Carter, e o Comandante do Estado-Maior dos EUA general Martin Dempsey, todos reunidos na mesma sala, para depor.

O chão firme que resta ao governo

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O governo não pode mais negligenciar aqueles que demonstram responsabilidade política e querem renegociar a transição em curso no país. por: Saul Leblon   Não há muito tempo, nem são tantas as opções assim. Os dados na mesa estão cada vez mais claros.   Eles exigem opções estruturais e coragem política para adota-las.   O banho-maria já não alivia a pressão da caldeira.   O governo precisa negociar o futuro do país.   E faze-lo dentro de certos critérios de bom senso histórico.

Paraná: Gaeco prende primo do governador Beto Richa

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Luiz Abi, eminência parda no governo do primo Beto Richa, foi preso pelo Gaeco nesta segunda-feira sob acusação de formação de quadrilha. Blog do Esmael O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu nesta segunda-feira (16), em Curitiba, Luiz Abi, primo do governador Beto Richa (PSDB). Segundo informações preliminares, coube ao Gaeco de Londrina efetuar a prisão do “primo rico” do governador do PSDB sob a acusação de extorsão e formação de quadrilha.

Após protestos, Dilma diz que governo vai dialogar com humildade e firmeza

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Criado em  16/03/15 18h55  e atualizado em  16/03/15 19h31   Por  Paulo Victor Chagas  Edição: Luana Lourenço  Fonte: Agência Brasil A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (16) que recebeu as manifestações deste domingo contra seu governo com humildade, mas firmeza. Segundo ela, as manifestações mostram que o “governo tem que dialogar, escutar, saber do que se tratam” os protestos. ”Ouvir é a palavra, e dialogar é a ação”, avaliou.

A anatomia do golpismo

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Por Osvaldo Bertolino - da Fundação  Mauricio Grabois O Brasil está vivendo mais uma situação em que se presencia regularmente a divulgação sistemática pela direita de insultos, ataques pessoais, intrigas, falsidades, invenções, erros de fato e mentiras puras e simples. Os golpistas voltam a se utilizar do histórico amontoado de asneiras, meias-verdades e mentiras conhecido desde as campanhas abolicionistas. Desde que o mundo é mundo, prever o futuro tem sido um desafio constante. Da cigana que lê a mão aos videntes e futurólogos de todos as matizes, ainda não se conheceu ninguém que fosse capaz de predizê-lo regularmente e com precisão. Seria absurdo, portanto, esperar que os “analistas” políticos que proliferam na mídia formassem um gênero diferenciado e mais eficaz de pitonisas. Eles sempre erram, e isso qualquer observador do mundo político que se preze sabe. Mas, convenhamos, suas bolas de cristal talvez poucas vezes estiveram tão ativas como agora. Na verdade eles ten

O governo Dilma e o fantasma da Besta

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SEG, 16/03/2015 - 14:42 ATUALIZADO EM 16/03/2015 - 15:00 Luis Nassif Para não se perder em digressões sobre a natureza das manifestações, o primeiro passo é aceitar os protestos como um fenômeno amplo e disseminado, pegando todas as classes sociais e todas as regiões. O sentimento anti-Dilma, anti-PT, anti-anti é generalizado. Hoje, o país está dividido em dois grupos: a esquerda militante, sozinha em um canto, com uma visão muito mais legalista do que pró-Dilma; e todo o restante do país no outro. O segundo é separar os processos centrais que impulsionam os protestos, da ação dos grupos oportunistas que surfam na onda.

As preocupações de uma presidenta

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Em conversa com intelectuais, Kirchner buscava encontrar as bússolas que anteriormente as grandes interpretações teóricas haviam sido para a militância política por Emir Sader em 16/03/2015 na Carta Maior No marco do Fórum pela Emancipação e a Igualdade – convocado e extraordinariamente bem organizado pela Secretaria de Cultura do governo da Argentina, dirigida por Ricardo Foster -, Cristina Kirchner encontrou um momento para nos receber na Casa Rosada. Em seguida à sempre renovada emoção de entrar naquele palácio governamental, nos topamos com um comício que Cristina fazia para centenas de jovens em plena Casa Rosada, depois de assinar o aumento das bolsas estudantis. Se podia ouvir nos pátios do palácio sua voz explicando o significado do ato que ela havia recém assinado, no marco dos dias e meses tensos que vive o pais. Em seguida, Cristina veio diretamente à sala que escolheu para nos receber. Depois de saudar-nos pessoalmente, um a um, explicou  que aquela er

Eles não cabem em Miami, por Nílson Lage

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 Autor: Fernando Brito De Nílson Lage, no  Facebook : Certa vez ouvi de Leonel Brizola que a revolução cubana seria impossível no Brasil. Argumentava que Fidel Castro pôde se livrar da fração mais ativa da burguesia – algumas dezenas de milhares de pessoas -, expulsando-a para Miami, e isso seria impossível aqui.  (Nota do Tijolaço: “não cabe”, explicava)

Paulo Nogueira: Foi mais uma palhaçada que um protesto

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por :   Paulo Nogueira Também idiomas estrangeiros foram agredidos No futuro, quando a posteridade quiser aferir a estupidez política destes dias, bastará olhar para as fotos do protesto deste domingo. Os pósteros não terão nem o trabalho de ler textos. Nas fotos, pessoas faziam o seguinte: Pediam intervenção em variadas línguas, frequentemente com erros monumentais. Num cartaz, um homem com um apito nas bocas pedia um golpe militar em alemão.

A GUERRA, DE OUTUBRO A MARÇO

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por  Paulo Moreira Leite Protestos que levam mais de um milhão de pessoas as ruas não buscam reivindicações específicas. Buscam o poder Quatro meses e dez dias depois de vencer o segundo turno da eleição presidencial, o governo Dilma Rousseff continua nas cordas.

Partidos, mídia e grupos de direita realizam marcha golpista no país

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Manifestantes anti-Dilma pedem em inglês intervenção militar imediata no Brasil O Brasil viveu neste domingo (15) uma jornada de manifestações que marcam uma nova etapa na afanosa intentona golpista das forças reacionárias para retomar o poder. Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas de cerca de 20 capitais de estados, convocadas por grupos de direita e ultradireita, por partidos neoliberais e conservadores, como o PSDB e seus aliados. Em todos os atos era notável a predominância de pessoas da elite endinheirada, preocupada em defender seus privilégios, que consideram ameaçados pelas políticas públicas do governo democrático-popular.