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O porta-voz da covardia da direita

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 Autor: Fernando Brito Eu gosto de ler  a coluna de Reinaldo Azevedo . Não, não se surpreendam: gosto de conhecer, dito com sinceridade, o pensamento hidrófobo que domina a mente brasileira e que é amenizado e envolvido em palavras bem mais gentis ou, se quiserem, aparentemente mais civilizado. Reinaldo, não: é a expressão crua e babujante do ódio, própria daquela espécie com que ele foi comparado até por colunistas conservadores.

MTE atualiza “lista suja”de empregadores que usam trabalho escravo

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O  Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)  divulgou cadastro de empregadores flagrados explorando mão de obra análoga à escrava no país. No registro atualizado, foram incluídos 91 nomes de empregadores. Por outro lado, 48 empregadores foram excluídos do cadastro conhecido como “Lista Suja”, em cumprimento a requisitos administrativos. Com atualização, documento passa a conter 609 infratores, entre pessoas físicas e jurídicas com atuação no meio rural e urbano. Desse total, o estado do Pará apresenta o maior número de empregadores inscritos na lista, totalizando cerca de 27%, seguido por Minas Gerais com 11%, Mato Grosso com 9% e Goiás com 8%. A pecuária constitui atividade econômica desenvolvida pela maioria dos empregadores (40%), seguida da produção florestal (25%), agricultura (16%) e indústria da construção (7%).

TEM GENTE QUE NÃO ENTENDEU NADA

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Paulo Moreira Leite Diretor da Sucursal da ISTOÉ em Brasília, é autor de "A Outra História do Mensalão". Foi correspondente em Paris e Washington e ocupou postos de direção na VEJA e na Época. Também escreveu "A Mulher que Era o General da Casa". Tentando faturar com derrota de 7 a 1, oposição fala da "cultura da esperteza" e de brasileiros que lutam "sem sacrifícios." Pode?  Nem o general Octávio Costa, que escreveu alguns discursos de Emílio Médici, titular do pior período da ditadura militar, seria capaz de produzir as linhas que seguem abaixo. Centro da agitação eleitoral do PSDB, o Instituto Teotônio Vilela divulgou uma análise sobre a derrota de 7 a 1 com linhas inacreditáveis. Leia alguns trechos. .

Os sádicos se regozijam

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Por Miguel do Rosário Do blog  O Cafézinho Dá até medo pensar nas manchetes e nos editoriais de nossos jornalões. Todo o ódio que mantiveram represado nas últimas semanas, por conta da alegria avassaladora dos brasileiros, voltou com força total. Vergonha! Vexame! Humilhação! Dizem as manchetes. Há anos não víamos fontes tão garrafais. Exatamente os sentimentos que eles querem impor ao povo. Nenhum esforço para aliviar as dores da nação, para levantar o astral. Sadismo puro e exclusivo! Que ridículo! É como se eles quisessem se vingar da alegria que sentimos. “Vocês vão pagar pela esperança que tiveram na seleção! Vão pagar por essa alegria criminosa que alimentaram!”, é o que dizem essas manchetes loucas. Quando a Petrobrás anuncia o recorde de 500 mil barris diários apenas no pré-sal, a notícia vem escondida no miolo dos jornais, sem chamada na capa. Sem manchetes, sem editoriais. Quando a seleção brasileira perde um jogo, é isso que vemos. Agindo assi

Empresário de Neymar chama Felipão de “babaca, arrogante, asqueroso e ridículo”

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No DCM Empresário de Neymar e de outros tantos jogadores de futebol conhecidos, Wagner Ribeiro atacou Felipão com palavras fortes. Pelo Twitter, ele listou os seis quesitos para comandar a Seleção. - Ir treinar a seleção de Portugal e não ganhar nada. Voltar ao Brasil, pegar um time grande e rebaixá-lo para a Segunda Divisão (do Brasileiro) – dizia parte do desabafo, referindo-se à última passagem do técnico pelo Palmeiras, em 2012, ano do rebaixamento do clube. Wagner administra as carreiras de Alex (Coritiba), Diego (Atlético de Madrid), Júlio Baptista, Kléberson (ex-Flamengo), Lucas, Lugano, Nilton, entre outros atletas. Na seleção brasileira, além de Neymar, Hulk também é seu cliente. Confira abaixo a íntegra do desabafo de Wagner Ribeiro: 6 quesitos para ser técnico da seleção brasileira: 1- Ir treinar seleção de Portugal e não ganhar nada 2- Ir para o Chelsea e ser mandado embora 3- Ir treinar o Uzbequistão 4- Voltar ao Brasil e pegar um time grande e rebaixá-lo

Sobre como sacudir a poeira e dar a volta por cima

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A vergonhosa derrota para a Alemanha dentro do campo pode servir para detonar um processo de democratização e de moralização do futebol brasileiro. por Emir Sader   O paradoxo é que na Copa do Mundo melhor organizada, a seleção brasileira sofre o maior vexame da sua história futebolística. Claro que não existe relação mecânica entre os dois planos. As grandes seleções de 1958, 1962, 1970, para citar as melhores, não tiveram relação estreita com o desenvolvimento político do país, embora as duas primeiras faziam parte de um contexto de florescimento político e cultural, que elevava a identidade e a auto-estima dos brasileiros. (Foram concomitantes com um processo de democratização do país, com a bossa nova, com o cinema novo, com um novo teatro, entre outros fenômenos culturais extraordinários.) Desta vez o Mundial encontra o Brasil em um dos melhores momentos da sua história, com um processo de democratização social como nunca o país havia vivido e com um governo com o apoio

A derrota e a disputa pelo imaginário brasileiro

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O jogral conservador ganhará decibéis redobrados na tentativa de transformar a humilhação esportiva na metáfora de um Brasil corroído pelo desgoverno. por: Saul Leblon   A seleção brasileira foi mastigada  até a alma pelas mandíbulas alemãs nesta 3ª feira, na disputa das semifinais da Copa do Mundo. Depois de tomar quatro gols em seis minutos no primeiro tempo, a equipe montada por Felipe Scolari  tirou o uniforme e vestiu o manto de um zumbi coletivo. Morta, arrastou-se  pelo gramado do Mineirão,  de onde saiu carregando o fardo de  uma goleada histórica por 7 x 1. A derrota atinge a estrutura do futebol brasileiro. A exemplo  do que ocorreu  na economia nos últimos trinta anos, o futebol viveu um processo de primarização.

Cabeça inchada pensa mal, muito mal

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 Autor: Fernando Brito Tenho lido muita besteira sobre as consequências do massacre sofrido ontem pelo time brasileiro. Já li que ele vai decidir a eleição, a inflação, a depredação e o escambau, como dizia o Stanislau Ponte Preta. E aí fui buscar outras “catástrofes” do futebol, que só para quem já dobrou o Cabo da Boa Esperança, como eu, são “recentes”, mesmo com mais de 30 e 40 anos. Em 1972, um Botafogo que já não era , como três ou quatro anos antes, o grupo de craques que fora, com o Santos, a base da Seleção de 1970 – acho que só Jairzinho remanescia – aplicou inimagináveis 6 a 0 num Flamengo que não era fraco, não. Tinha Liminha, Rodrigues Neto (ótimo lateral esquerdo), o lendário Fio Maravilha, Zanata e o ex-botafoguense Paulo César Caju.

A Globo e as raízes do subdesenvolvimento do futebol brasileiro

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qua, 09/07/2014 - 11:56  - Atualizado em 09/07/2014 - 12:15 Do GGN Os bravos jornalistas da CBN foram rápidos no gatilho: os 7 x 1 da Alemanha comprovam que a presidente Dilma Rousseff é “pé frio”. Pé frio é bobagem. Não é o que dizem de Galvão Bueno? Como são analistas sofisticados, da política e da economia, poderiam afirmar que Dilma talvez seja culpada - assim como Lula, Fernando Henrique Cardoso e outros presidentes - por não ter entrado na batalha pela modernização do futebol brasileiro. Poderiam ter avançado mais no diagnóstico. Explicado que a maior derrota do futebol brasileiro – e latino-americano em geral – estava no fato de que a maioria absoluta dos seus jogadores serem de times europeus, da combalida Espanha, da Alemanha, Inglaterra e França.

Não é só o Cantareira. Sistema Alto Tietê entra em colapso até agosto

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Autor: Fernando Brito Salvo uma reportagem ou outra, pouco tem sido dito sobre o “segundo front da seca” que ameaça São Paulo. O Sistema Alto Tietê está secando cada vez mais rápido. O segundo maior complexo de reservatórios destinados ao abastecimento da Grande SP, que está servindo como “complemento” para áreas antes conectadas ao Sistema Cantareira, para reduzir a retirada de água na situação de emergência em que este se encontra, não está suportando nem o acréscimo inicial feito há meses e, muito menos, as novas sangrias feitas a partir do novo agravamento da crise. O Tietê representa metade da produção do Cantareira e leva 15 m³/s à estação de Taiaçupeba, .

“Onde foi parar o jogo bonito de vocês?”: o depoimento de um alemão fã do futebol brasileiro

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por :   Harold Von Kursk Ninguém sente prazer com a morte do jogo bonito do Brasil e sua aniquilação pela Alemanha. O esmagador placar de 7 a 1 representa uma virada triste no esporte ou pelo menos uma ruptura decisiva na nossa compreensão tradicional do equilíbrio de poder do jogo. Foi uma blitzkrieg no campo – três gols em cinco minutos, quatro gols em menos de 7 minutos – e, quando o adversário é o Brasil, e não a Polônia ou a Islândia, algumas questões sérias devem ser levantadas. É impossível conceber o peso de uma derrota com essas proporções históricas – a primeira de vocês em casa desde 1975. Aconteceu tão rápido que ninguém podia acreditar que estava acontecendo.

RELEMBRANDO: Anotações sobre uma farsa (II)

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Era preciso expor José Dirceu ainda mais - e também José Genoino - à execração pública. Concentrar neles toneladas de ressentimento sem fim. Eric Nepomuceno -  18/11/2013   Quando se postulava a uma vaga no Supremo Tribunal Federal, o então juiz Joaquim Barbosa procurou José Dirceu, ministro-chefe da Casa Civil do primeiro governo de Lula (2003-2007). Apresentou um pedido de rotina: apoio para que seu nome fosse levado ao presidente, a quem cabe indicar os membros da corte suprema. Dirceu recebeu o pedido, e comentou com o postulante: “Bom mesmo será o dia em que os que pretendem chegar ao Supremo obtenham sua indicação por seus próprios méritos, e não por indicações políticas como a que está me pedindo”.

Ibope perde monopólio... na Argentina!

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Por Altamiro Borges A presidenta Cristina Kirchner anunciou nesta semana a criação de um sistema de medição da audiência das emissoras de televisão na Argentina. O novo índice será feito por uma rede de 11 universidades públicas, batizada de Sifema (Sistema Federal de Medição de Audiência), e os novos dados devem começar a ser publicados já nos próximos 90 dias. Atualmente, apenas a empresa de origem brasileira Ibope – que o blogueiro Paulo Henrique Amorim batizou sarcasticamente de “Globope” –, mede a audiência das TVs na nação vizinha. A criação do Sifema acaba com o monopólio das pesquisas no setor, que sempre beneficiou a mídia monopolizada, e permite democratizar a distribuição da publicidade no país.

Foi só um jogo (?)

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O sétimo gol nem havia balançado as redes brasileiras quando começaram a chegar certas postagens nas redes sociais – e até comentários neste blog – comemorando a derrota acachapante do Brasil em campo. Era como se os gols fossem nossos. Um desses comentários dizia que, para cada gol na Seleção, Dilma estaria perdendo um ponto nas pesquisas. Outro, xingava a presidente e perguntava de que adiantou gastar tanto dinheiro para organizar a Copa – como se só ganhar em campo importasse, ao organizar evento desse porte. O fato é que, devido à dimensão da derrota para a Alemanha, não se abate sobre o país apenas o sentimento de tristeza que seria normal ante uma derrota esperável como por 2 a 1 ou 1 a 0. O que se abateu sobre o Brasil foi sentimento de vergonha.

Um tributo a David Luiz

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por :   Paulo Nogueira Faço aqui, em meio às ruínas dos 7 a 1, um elogio a David Luiz,  um dos  poucos jogadores que sobreviverão na seleção depois da pior derrota da história da seleção brasileira. Ele saiu de campo pedindo desculpas para a torcida. Estava chorando. Aos jornalistas, depois do jogo, falou em sua frustração por não poder proporcionar ao sofrido povo brasileiro alegria pelo menos no futebol. Mostrou, aí, uma virtude pouco alardeada: consciência social.