O início do fim do governo Bolsonaro se deu, ironicamente, no dia 17/1. Por Carlos Fernandes
por Larissa Bernardes - no DCM - 19 de janeiro de 2019 Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP “É pela ironia que começa a liberdade”, cunhou para a história o grande romancista, poeta e dramaturgo francês, Victor Hugo. Ainda que num sentido paralelo, mais de 130 anos após sua morte, nada poderia descrever com mais exatidão a forma como se dá o início precoce do fim de um governo que nasceu sob o signo da estupidez e da ignorância. Inseguro e vacilante desde suas primeiras horas, a “nova era” do Brasil começou exalando aquela peculiar desconfiança muito própria de quem sabe a discrepância entre o que fala em público e o que faz em privado. Ciente do que foram suas quase três décadas de (in)atividade parlamentar – e tudo do que o diabo opera na grande oficina das mentes ociosas – Bolsonaro e família trouxeram para o Palácio do Planalto anos a fio de corrupção velada na mais cínica hipocrisia. Não deu outra.