Lei dos EUA em relação a Xizang mostra intenções duplas
Bandeira nacional da China é vista na praça em frente ao Palácio de Potala no Dia da Emancipação dos Servos em Lhasa, capital da Região Autônoma de Xizang, no sudoeste da China, no dia 28 de março de 2024. (Xinhua/Jigme Dorje)
Beijing, 13 jul (Xinhua) -- Os Estados Unidos mais uma vez interferiram flagrantemente nos assuntos internos da China ao sancionar uma lei relacionada a Xizang. Essa medida distorce a história e a realidade de Xizang, ao mesmo tempo que expõe a intenção dupla dos EUA.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse em comunicado que a lei "não muda a política bipartidária de longa data dos Estados Unidos de reconhecer a Região Autônoma do Tibete e outras áreas tibetanas da China como parte da República Popular da China". Com base nessa posição, a chamada "Lei de Promoção de uma Resolução para a Disputa Tibete-China", uma lei interna puramente dos EUA, constitui uma interferência grosseira nos assuntos internos da China. Até o nome do ato implica más intenções.
O 14º Dalai Lama é amplamente conhecido como um exilado político que se envolve em atividades separatistas anti-China sob o pretexto da religião. Ele e seus seguidores procuram a "independência do Tibete" há muito tempo, traindo o país. No que diz respeito a contatos e conversas, o governo chinês tem sido constante e claro ao afirmar que o 14º Dalai Lama deve refletir plenamente e corrigir completamente suas propostas políticas.
Em outro exemplo de jogo de palavras, a lei afirma que "o governo dos Estados Unidos nunca assumiu a posição de que o Tibete fazia parte da China desde antigamente". Isso obviamente apoia e encoraja o grupo separatista. Desde antigamente, a região criou laços geográficos, consanguíneos, políticos, econômicos e culturais inseparáveis do resto da China.
O ato está repleto de outras distorções e deturpações deliberadas. Isso exalta a "autodeterminação" dos tibetanos. No entanto, o direito à autodeterminação destinava-se especificamente aos habitantes de colônias ou territórios não autônomos para combater o colonialismo e o imperialismo. Certamente isso não se aplica a um grupo étnico que vive em parte integrante de um país soberano. As Nações Unidas condenam esforços para perturbar a unidade nacional, a integridade territorial ou a independência política de um Estado.
A lei prova mais uma vez que os Estados Unidos estão jogando a "carta Xizang" para conter a China. Há muito tempo se envolve em manipulação política sobre questões relacionadas a Xizang, sob o pretexto de defender os direitos humanos. Essas manipulações incluem a promulgação de legislação para difamar e desestabilizar Xizang, e o fornecimento de financiamento substancial às forças separatistas que defendem a "independência do Tibete".
Atualmente, Xizang é uma região dinâmica e próspera. Desde a reforma democrática que marcou época em 1959, que aboliu o sistema de servidão, do qual Dalai Lama costumava ser o principal representante, além de defensor obstinado, a região registrou progressos incríveis na questão dos direitos humanos. Erradicou a pobreza absoluta, juntamente com o resto do país. Pessoas de diversos grupos étnicos se beneficiaram das conquistas globais da região, que incluem estabilidade política, harmonia social, crescimento econômico, avanços ecológicos e unidade étnica.
Agricultores participam de cerimônia que marca o início da agricultura de primavera na aldeia de Gyaimain, no condado de Qonggyai, em Shannan, Região Autônoma de Xizang, sudoeste da China, no dia 16 de março de 2024. (Xinhua/Tenzing Nima Qadhup)
Os políticos dos EUA podem sonhar que serão capazes de afetar a estabilidade, a harmonia ou a prosperidade da região. Mas nenhum país sensato dará créditos às reivindicações da lei, tornando ineficazes as apostas ingênuas dos Estados Unidos e das forças separatistas. A lei, outro exemplo da hegemonia dos EUA, não terá efeito senão o de desgastar a já frágil credibilidade internacional de Washington.
As nações que não têm credibilidade desaparecerão. Os compromissos globais negativos dos Estados Unidos, como a instigação ou o incentivo de guerras, sua prática de unilateralismo e de duplicidade de critérios, e a interferência nos assuntos internos de outros países, estão acabando cada vez mais com sua credibilidade.
Os assuntos relacionados com Xizang dizem respeito aos interesses fundamentais da China. Os Estados Unidos devem aprender com a história, cumprir seus compromissos para com a China e se absterem de diminuir a soberania e a integridade territorial do país em nome dos direitos humanos ou de outros assuntos.
Se os Estados Unidos continuarem com os erros de motivação política, é muito provável que o declínio da sua posição internacional acelere e conduza potencialmente a consequências irreversíveis.
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