Europa está irritada por causa dos lucros gigantescos dos EUA na Ucrânia, diz Politico
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Os políticos europeus estão cada vez mais irritados com as ações da Casa Branca, que lucra não apenas com a própria crise ucraniana, mas também com o déficit de energia na Europa, escreve o jornal Politico, referindo-se a suas fontes.
Segundo os autores do artigo, a unidade dos aliados ocidentais está em risco e os altos funcionários europeus "estão irritados com a administração Biden", acusando os norte-americanos de lucrarem com a crise, enquanto os países da União Europeia estão sofrendo.
"O fato é que, se formos realistas, o país que está lucrando mais com esse conflito são os EUA, porque eles estão vendendo mais gás e a preços mais altos, e porque estão vendendo mais armas", citam os jornalistas um alto funcionário europeu.
A UE considera os subsídios ecológicos da administração Biden "a maior fonte de tensão" por limitarem injustamente, na opinião de Bruxelas, o comércio na Europa e ameaçarem destruir a indústria europeia. Apesar das objeções por parte da UE, Washington não demonstra quaisquer sinais de poder reconsiderar a sua posição.
De acordo com a fonte do Politico, os líderes da União Europeia discutiram com o presidente Joe Biden a influência das políticas norte-americanas sobre os mercados europeus. Contudo, Biden simplesmente não dispunha de qualquer informação sobre as consequências da atual situação para o bloco europeu. A ignorânia da parte norte-americana, segundo os políticos da UE, se tornou um problema grave.
"Está claro que os europeus ficaram desiludidos com a ausência de uma informação prévia e consultas", salientou David Kleimann, analista do centro analítico Bruegel.
Anteriormente, o presidente francês Emmanuel Macron, em seu discurso perante os representantes das indústrias nacionais, criticou a lei destinada a reduzir a inflação nos EUA. De acordo com o líder francês, os Estados Unidos produzem e vendem gás mais caro para os países europeus, além de prestarem uma enorme ajuda financeira a certos setores, o que "afasta completamente o projeto europeu do mercado [norte-americano]".
Segundo Macron, a lei norte-americana sobre a redução da inflação não corresponde às normas da Organização Mundial do Comércio. Além disso, apontou que nesta situação Washington atua de maneira "pouco amigável".
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