“Aqui é Bolsonaro”, gritou atirador antes de assassinar Marcelo Arruda

 


Por Naian Lopes - no DCM - 

Na madrugada deste domingo (10), por volta da 1h20, a 6ª subdivisão policial de Foz do Iguaçu registrou o boletim de ocorrência do assassinato de Marcelo Arruda, dirigente do PT. Ele sofreu dois tiros de Jorge José da Rocha Guaranho, que era um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O documento explica que a COPOM solicitou que a equipe policial fosse até o clube social Aresf para atender duas pessoas que estavam feridas após serem baleadas: Marcelo Aloizio de Arruda e Jorge José da Rocha Guaranho.

O boletim registra Marcelo estava caído no chão com duas perfurações no corpo, tendo ao seu lado uma pistola Taurus/PT 59S, calibre 380, municiada com duas munições da marca CBC intactas.

Já Rocha Guaranho, policial penal federal, também foi encontrado caído no solo, a princípio com três perfurações. Ao seu lado, estava uma pistola Taurus 24/7, calibre 40, estando municiada com 11 munições marca CBC intactas.

O documento relata que as armas foram capturadas pela polícia para passar por perícia, enquanto os dois feridos acabaram sendo levados para um hospital.

Testemunhas que estavam na festa contaram que o evento tinha como tema o Partido dos Trabalhadores, o que teria irritado Rocha Guaranho, que era um desconhecido e não tinha sido convidado.

O assassino chegou ao local em um Hyundai Creta, cor branca, ao lado da sua esposa e do seu filho. Ele gritou em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi embora, retornando 20 minutos depois, desta vez, sozinho. O rapaz tinha em mãos uma arma de fogo.

Pamela, esposa de Marcelo, estava na festa. Ela é policial civil e, ao ver o bolsonarista com a arma, ela se identificou como uma agente de segurança pública. Marcelo, que era guarda municipal, sacou também uma arma para conter o criminoso.

No entanto, Jorge ignorou e efetuou dois disparos, acertando Marcelo, que revidou em seguida. Tanto Arruda quanto Guaranho não resistiram aos ferimentos e faleceram.

O tenente Veiga, responsável pelas investigações, escutou André Roberto Alliana como testemunha. José Augusto Fabri, segurança da Itaipu e vice-presidente da Aresf, também conversou com a polícia e garantiu que vai disponibilizar as imagens das câmeras de segurança do local.

Confira abaixo o boletim de ocorrência na íntegra:

Assine a newsletter do DCM

Comentários