Thierry Meyssan: A propaganda de guerra muda de forma



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Nas sociedades democráticas contemporâneas, a propaganda de guerra é concebida como um número de ilusionista : desviar a atenção do público a fim de lhe esconder aquilo que ele deve ignorar.

Este artigo dá seguimento a :
 1. « A Rússia quer obrigar os EUA a respeitar a Carta das Nações Unidas », 5 de Janeiro de 2022.
 2. « Washington prossegue o plano da RAND no Cazaquistão, a seguir na Transnístria », 11 de Janeiro de 2022.
 3. « Washington recusa ouvir a Rússia e a China », 18 de Janeiro de 2022.
 4. « Washington e Londres, atingidos de surdez », 1 de Fevereiro de 2022.
 5. « Washington e Londres tentam preservar a sua dominação sobre a Europa », 8 de Fevereiro de 2022.
 6. “Duas interpretações do processo ucraniano”, 16 de Fevereiro de 2022.
 7. «Washington canta vitória, enquanto seus aliados se retiram », 22 de Fevereiro de 2022.
 8. «A Rússia declara guerra aos Straussianos», 3 de Março de 2022.
 9. «Um bando de drogados e de neo-nazis», 5 de Março de 2022.
 10. «Israel aturdido pelos neo-nazis ucranianos», 8 de Março de 2022.
 11 « Ucrânia : a grande manipulação », 22 de Março de 2022.
 12. « A Nova Ordem Mundial que preparam a pretexto da guerra na Ucrânia », 29 de Março de 2022.

O DISPOSITIVO DA OTAN

« Submeter o inimigo pela força não é o supra-sumo da arte da guerra, a excelência desta arte é submeter o inimigo sem verter uma única gota de sangue ».
Sun Tzu, A arte da guerra.

O General francês Philippe Lavigne do « Comando Aliado de Transformação » (Allied Command Transformation — ACT) da OTAN supervisiona as pesquisas sobre os novos métodos de propaganda.

O seu comando dispõe de 21 centros de excelência entre os quais, um para a propaganda, o Centro de excelência de Comunicações Estratégicas (STRATCOM) em Riga, na Letónia [1]. Ele criou a Convergência de inovação da OTAN (iHub) sob a direcção do francês, François du Cluzel, antigo professor no Colégio militar inter-armas de Coëtquidan. Ele financia pesquisas na John Hopkins University e no Imperial College of London sobre as capacidades cognitivas. Estas dizem respeito ao domínio cognitivo com aplicações variadas indo de soldados biónicos até à propaganda de guerra.

Relatório da OTAN apresentando a guerra cognitiva (Novembro de 2020). Clicar na imagem para descarregar o documento.

A ideia geral da OTAN é de juntar aos cinco domínios de intervenção habituais (ar, terra, mar, espaço e cibernético), um sexto : o cérebro humano. « Enquanto as acções tomadas nos cinco domínios são executadas a fim de ter um efeito sobre o lado humano, o objectivo da guerra cognitiva é fazer de cada um uma arma », escreveu François du Cluzel.

Se durante a Primeira Guerra mundial, a propaganda de guerra estava baseada em falsas informações popularizadas por grandes plumas ; mais tarde, na repetição de mensagens escolhidas durante a Segunda Guerra mundial ; hoje, ela é concebida como um número de ilusionista [2]. Trata-se de comover as pessoas para distrair a sua atenção e esconder-lhes aquilo que não devem ver. Julgam o que veem com informações sem interesse com as quais são inundadas. Desta maneira, consegue-se, sem lhes mentir, leva-las a tomar alhos por bugalhos.

Neste momento da guerra na Ucrânia, experimentamos em directo a primeira aplicação desta técnica,

Para me explicar melhor vou primeiro apresentar algumas informações a ignorar, depois vou voltar ao tratamento da guerra pela televisão do Estado francês. Obteria o mesmo resultado se utilizasse um exemplo alemão, britânico ou norte-americano.

Número de explosões registradas em Donbass (14 a 22 de fevereiro de 2022)
Podem descarregar os relatórios quotidianos dos observadores da OSCE no endereço : https://www.osce.org/ukraine-smm/reports

A RESPONSABILIDADE DOS DIRIGENTES OCIDENTAIS NA GUERRA NA UCRÂNIA

No Ocidente, a narrativa da guerra na Ucrânia faz recair toda a responsabilidade sobre o Presidente russo, Vladimir Putin, e acessoriamente sobre as personalidades políticas e financeiras do seu regime. No entanto esta versão é manifestamente falsa se considerarmos os relatórios diários dos observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE). Estes atestam ter testemunhado um ataque ao Donbass (ainda ucraniano) pelas forças de Kiev em 17 de Fevereiro à tarde. Todas as agências de informação relataram então a fuga de pelo menos 100.000 civis, para o interior do Donbass ou para a Rússia. Por outro lado, os principais dirigentes políticos da OTAN ouviram o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, dizer-lhes, durante a reunião da Conferência para a Segurança de Munique, que pensava dotar-se com a arma nuclear contra a Rússia. Assim, é forçoso constatar que não foi Moscovo (Moscou-br), mas Kiev quem desencadeou as hostilidades.

Ninguém pode pensar que Kiev fosse desencadear esta guerra contra um inimigo muito superior sem ter previamente recebido garantias de aliados aparentemente capazes de defender o país face à Rússia. Ora, só podia ter-se tratado da OTAN ou dos Estados Unidos e, eventualmente, das duas outras potências nucleares, a França e o Reino Unido.

A primeira reunião onde esta guerra foi apresentada como desejável, a nosso conhecimento, teve lugar na Câmara dos Representantes, em 5 de Setembro de 2019. Foi organizada pela Rand Corporation, o “think-tank” do lóbi militar-industrial norte-americano. Tratou-se de apresentar aos parlamentares dois relatórios, « Fazer expandir e desequilibrar a Rússia » (Overextending and Unbalancing Russia) e « Fazer expandir a Rússia : Competindo num terreno vantajoso » (Extending Russia : Competing from Advantageous Ground) [3]. A ideia principal é de utilizar contra ela a característica sobre a qual a Rússia baseia a sua Defesa. Uma vez que se trata de um território gigantesco que os Russos defendem deslocando-se de um lado para o outro e usando a « estratégia de terra queimada », bastará forçá-los a moverem-se para o exterior para os esgotar.

A importância deste acontecimento é-nos mostrada pelo incidente que atingiu o nosso colaborador, o geógrafo italiano Manlio Dinucci. O seu artigo sobre este assunto foi censurado pelo seu jornal, Il Manifesto, que ele foi forçado a deixar [4].

Três acontecimentos atestam a implicação dos Estados Unidos, do Reino Unido e da França na preparação secreta da guerra.

A pedido do gabinete de Boris Johnson, o vídeo integral de Ben Wallace garantindo que o Reino Unido havia enviado, desde há vários anos, instrutores militares em segredo para a Ucrânia já não está disponível no YouTube e já não é mais referenciado pelos motores de busca ocidentais.

Em 24 de Março de 2022, foi divulgado um vídeo de uma conversa telefónica de 22 minutos entre o Secretário da Defesa britânico, Ben Wallace, e os comediantes russos Vladimir (Vovan) Kuznetsov e Alexei (Lexus) Stolyarov. Um dos russos fez-se passar pelo Primeiro-Ministro ucraniano, Denys Shmyhal, que Wallace nunca conheceu.
• Na questão da ajuda que o Reino Unido daria a Kiev para se dotar da arma nuclear, o muito honorável Wallace respondeu que devia consultar o Primeiro-Ministro, Boris Johnson, e que « O princípio é que nós apoiaremos a Ucrânia enquanto amigos, seja qual for a escolha que fizerem ». Resumindo numa frase, ele varreu o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.
• A propósito dos mísseis anti-tanque Next Generation Light Anti-tank Weapon (NLAW) que o Reino Unido acabou de enviar ao Exército ucraniano, Ben Wallace admitiu que eles não funcionavam bem e que peças de troca haviam sido igualmente enviadas.
• Mas foi sobretudo a propósito da OTAN que a língua de Ben Wallace se mostrou demasiado prolixa. Com efeito, o Ministro britânico convidou uma vez mais a Ucrânia a aderir à Aliança Atlântica. De passagem, involuntariamente ele revelou que o Reino Unido havia enviado, durante vários anos, instrutores militares para preparar o Exército ucraniano.
O governo de Boris Johnson empregou todos os meios ao seu alcance para ocultar, ou melhor, minimizar, estas declarações. Alegou que a entrevista só durara 10 minutos e proibiu o YouTube/Google de difundir todo o “sketch”. Os média (mídia-br) ocidentais foram instados a falar do seu erro sobre a bomba atómica e a ocultar os dois outros pontos. É sempre assim que os Britânicos procedem : não negar em bloco, mas fazer desaparecer os pontos mais perigosos.

Em 25 de Março de 2022, o Presidente Biden entra no refeitório da 82ª Divisão paraquedista em Rzeszów. Ai, ele falou sem amarras felicitando estes soldados da sombra pela sua presença secreta, desde há anos, na Ucrânia.

Em 25 de Março de 2022, o Presidente Joe Biden dirigiu-se ao Palácio dos Congressos de Rzeszów (Polónia). Estava acompanhado da Directora da USAID, Samantha Power (antiga embaixatriz na ONU), e do Presidente polaco (polonês-br), Andrej Duda. Notemos entretanto que Andrej Duda fez adoptar pelo seu Parlamento uma lei negando o papel do Estado polaco nos crimes nazis e autorizando processos judiciais contra qualquer um que os evoque. Joe Biden falou com diversas ONGs para saudar a sua ajuda aos refugiados ucranianos. Feito isto, ele pronunciou um discurso diante dos seus soldados da 82ª divisão aerotransportada estacionados no local [5]. Além disso, visitou-os no seu refeitório e falou-lhes sem teleponto, nem câmaras. Como sempre nestes momentos, o ancião (79 anos) revelou segredos de Estado. Segundo as testemunhas, agradeceu-lhes pelo envolvimento na Ucrânia desde há muito quando oficialmente jamais houve soldados dos EUA nesse país.

O General Éric Vidaud não foi demitido porque tivesse cometido um erro, mas porque a missão secreta que enviou à Ucrânia junto do Batalhão Azov não soube descrever a situação. Os predecessores manifestaram-lhe o seu apoio.

Em 29 de Março de 2022, o General Éric Vidaud, Director da Inteligência Militar francesa, foi demitido. Nenhuma explicação oficial foi dada. Parece que, na realidade, o General Vidaud enviara homens a instruções directas do Estado-Maior particular do Presidente Macron, em 2021, quando era Comandante de operações especiais, para enquadrar o Regimento banderista Azov. De repente, cinco helicópteros ucranianos tentaram fugir de Mariupol, o reduto do Regimento Azov. Dois foram abatidos em 30 de Março. Os sobreviventes foram feitos prisioneiros pelo Exército russo. Falaram de imediato. Para toda a logística os soldados do Comando de Operações Especiais estão colocados às ordens do Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, o General Thierry Burkhard, mas recebem suas ordens directamente do Chefe das Forças Armadas, o Presidente Emmanuel Macron.

As relações entre os Presidentes Macron e Putin arrefeceram de forma brutal.

COMO A PROPAGANDA DE GUERRA MASCARA A REALIDADE

Em França o Estado dispõe da France-Télévision para a sua própria população, sendo a France-2 o canal mais visto, e da France Médias Monde para o estrangeiro. Este último grupo depende directamente do Ministério dos Negócios Estrangeiros e emite a France-24 em diversas línguas.

Anne-Sophie Lapix ao entrevistar Andriy Sadovy para a France 2 sem salientar que ele era um oligarca banderista, é um pouco como se tivesse entrevistado o Ministro da Propaganda du IIIº Reich, Joseph Goebbels, sem mostrar que ele era nazi.

Para começar, a France 2 emitiu um telejornal em directo a partir de Lviv (Ucrânia) apresentado pela sua estrela, Anne-Sophie Lapix, em 14 de Março de 2022 [6]. Este telejornal é visto diariamente por um pouco mais de 20 % do público. A jovem mostrou um grande número de destruições e de refugiados traumatizados. Ela passeou pela cidade, mas não notou o imponente monumento erigido à memória de Stepan Bandera, o chefe dos colaboracionistas ucranianos dos nazis. Também entrevistou o presidente da câmara (prefeito-br) de Lviv, Andriy Sadovy, sem explicar que é um dos principais oligarcas do país. Ela não o questionou sobre o seu grupo de médias, do qual a sua mulher é a directora. Não o questionou em nada sobre as declarações, emitidas na véspera pelo seu canal, 24 Канал, apelando ao assassínio de todos os Russos, mulheres e crianças incluídas, segundo o método preconizado pelo SS Adolf Eichman [7]. Nunca, em nenhum momento, foi dito que esta emissão era uma iniciativa do oligarca banderista Andriy Sadovy e da sua mulher, ambos antigos clientes da agência Publicis de Arthur Sadoun, o marido de Anne-Sophie Lapix.

Durante as negociações de Istambul, a Rússia colocou entre os seus objectivos da guerra a destruição do monumento de Lviv à glória de Stepan Bandera, o chefe dos colaboracionistas nazis ucranianos.

O telespectador, que ignora as homenagens ucranianas aos nazistas e as exortações a seguir o seu exemplo, não pode deixar de chorar perante a pilha de sofrimentos que lhe foi mostrada. Ele não consegue duvidar que os Russos são mentirosos e criminosos e que os Ucranianos, em geral, são apenas vítimas inocentes.

O jornalista tártaro Fakhrudin Sharafmal dirigiu-se aos Russos, em 13 de Março de 2022, no canal do Presidente da Câmara (Prefeito-br) de Lviv : « Vocês são detritos que devem ser varridos da face do planeta. Se um Ucraniano tiver a sorte de ralar os vossos ossos, de rasgar as vossas gargantas, de esganar Ruskofs, eu espero que não perca a oportunidade de dar a sua contribuição à causa e que matará pelo menos um de vós ».

Em 25 de Março, a France 24 em inglês, na sua coluna Truth or Fake («Verdade ou Mentira»), dava conta da entrevista do Ministro britânico da Defesa Ben Wallace por comediantes russos. Seguindo as instruções do gabinete de Boris Johnson, o canal de televisão do Ministério francês dos Negócios Estrangeiros (Relações Exteriores-br) zombava das declarações sobre a bomba atómica para melhor esconder as outras sobre a ineficácia das suas armas anticarro e sobretudo aquelas sobre a presença de instrutores militares britânicos na Ucrânia desde há vários anos. A jornalista apresentou os humoristas como “youtubers”, quando eles trabalham para o canal NTV, o que lhe permitia omitir que são censurados pelo YouTube no país da 1ª Emenda e da liberdade de expressão. Esta rubrica foi produzida pela jornalista Catalina Marchant de Abreu, especialista em desmistificação de informações tendenciosas (debunking of fake news) (sic).

O cúmulo foi atingido em 31 de Março com o telejornal da France 2 [8]. A France-Télévision, que até ao momento negava o carácter ideológico do Regimento Azov, transmitiu uma reportagem sobre esta formação. A televisão pública admitiu que ele havia sido, em 2014, infiltrado por elementos neo-nazis, citando um dos seus fundadores, Andriy Biletsky, mas garantiu que havia mudado desde aí para se tornar uma respeitável força de defesa. A France-2 não mencionou um dos seus outros fundadores, Dmytro Yarosh, agente da OTAN, antigo coordenador dos neo-nazis europeus e jiadistas médio-orientais contra a Rússia [9], tornado Conselheiro especial do Comandante-Chefe das Forças Armadas ucranianas [10].

A France 2 cita o neo-nazi Andriy Biletsky como Chefe do Batalhão Azov em 2014. O jornalista Arnaud Comte, redactor-chefe adjunto do canal, não teve tempo para precisar que Biletsky, aliás o « Führer branco », fora elevado ao posto de Tenente-Coronel e condecorado pelo Presidente Petro Poroshenko, que depois fundara um Partido político (o « Corpo nacional ») pregando a limpeza étnica da Europa Central e fora eleito deputado neo-nazi da Verkhovna Rada (Assembleia Nacional).

France-2 evocou um antigo relatório das Nações Unidas dando conta de torturas, mas não da descoberta das suas prisões especiais pelo Exército russo [11], nem das declarações recentes da ONU a este propósito. A reportagem também não explicou o que são os banderistas na história ucraniana e reduziu a importância dos neo-nazis ao uso da cruz gamada. Tendo assim escamoteado o problema, o canal estimou o perigo entre 3.000 e 5.000 homens, enquanto a agência Reuters garante que os paramilitares banderistas representam hoje em dia 102. 000 homens repartidos em muitas milícias incorporadas no seio da Defesa Territorial [12].

Tradução
Alva
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1A campanha da Otan contra a liberdade de expressão”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 5 de Dezembro de 2016.

[2As Técnicas da moderna propaganda militar”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 17 de Maio de 2016.

[3Overextending and Unbalancing Russia, James Dobbins, Raphael S. Cohen, Nathan Chandler, Bryan Frederick, Edward Geist, Paul DeLuca, Forrest E. Morgan, Howard J. Shatz & Brent Williams, Rand Corporation, April 2019. Voir aussi les détails du plan dans Extending Russia : Competing from Advantageous Ground, Raphael S. Cohen, Nathan Chandler, Bryan Frederick, Edward Geist, Paul DeLuca, Forrest E. Morgan, Howard J. Shatz & Brent Williams, Rand Corporation, May 25, 2019.

[4«‎Ucrania: todo estaba escrito en el plan de la ‎RAND Corporation», por Manlio Dinucci, Red Voltaire , 10 de marzo de 2022.

[7O Canal 24 (Ucrânia) apela a assassinar todos os russos, mulheres e crianças incluídas”, Tradução Alva, Rede Voltaire, 21 de Março de 2022.

[9A CIA coordena nazis e jihadistas”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Al-Watan (Síria) , Rede Voltaire, 19 de Maio de 2014.

[10Dmitry Yarosh, Conselheiro do Comandante-em-Chefe dos Exércitos Ucranianos”, Tradução Alva, Rede Voltaire, 22 de Fevereiro de 2022.

[11«Descubren una cárcel secreta del régimen de Kiev ‎», Red Voltaire , 21 de marzo de 2022.

[12O artigo foi modificado no “site” da Reuters. Pode-se no entanto consultar «On the edge of war», Prasanta Kumar Dutta, Samuel Granados & Michael Ovaska, January 26, 2022. Pode aí ler-se que os « paramilitares » são 102. 000, ou seja 40 % das Forças Armadas ucranianas.

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Thierry Meyssan

Intelectual francês, presidente-fundador da Rede Voltaire e da conferência Axis for Peace. As suas análises sobre política externa publicam-se na imprensa árabe, latino-americana e russa. Última obra em francês: Sous nos yeux. Du 11-Septembre à Donald Trump. Outra obras : L’Effroyable imposture: Tome 2, Manipulations et désinformations (ed. JP Bertrand, 2007). Última obra publicada em Castelhano (espanhol): La gran impostura II.
Manipulación y desinformación en los medios de comunicación
 (Monte Ávila Editores, 2008).

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