A Rússia acusa os nacionalistas ucranianos da catástrofe humanitária em Mariupol e os exorta a depor as armas e deixar a cidade

Moradores nos arredores de Mariupol, em 19 de março de 2022.Victor Antonyuk / Sputnik

 Publicados por RT - 20 de março de 2022 19:51 GMT

O chefe do Centro de Gestão da Defesa Nacional, coronel general Mijaíl Mízintsev, culpou unidades de nacionalistas ucranianos pela grave situação humanitária na cidade de Mariúpol (Donbass).

"Uma terrível catástrofe humanitária ocorreu em Mariupol como resultado da anarquia dos nacionalistas ucranianos. Desesperados e fora de si, os bandidos, percebendo que é impossível para Kiev ajudá-los, espalharam terror em massa nas Ao mesmo tempo, as informações confiáveis ​​que recebemos mostram as horríveis atrocidades dos milicianos enlouquecidos pelo desespero", disse.

O coronel-general sublinhou que as informações obtidas dos ouvintes de rádio entre os nacionalistas e seus superiores em Kiev revelam a indignação que sentem em relação às autoridades centrais por tê-los abandonado. "Ao mesmo tempo, eles são obrigados a obedecer rigorosamente à ordem de ' perseverar até a morte ' e já receberam o status de 'mártires de Maryupol'", afirmou.

Mizintsev exortou os nacionalistas, bem como as unidades das Forças Armadas da Ucrânia e a chamada Defesa Territorial a deporem as armas e deixarem a cidade para o território controlado por Kiev. "Todos aqueles que depuseram suas armas têm garantida uma saída segura de Mariupol e a preservação de suas vidas ", disse ele.

Evacuação

Segundo estimativas do Ministério da Defesa, existem atualmente até 130.000 civis na cidade e 184 estrangeiros que estão sendo mantidos "reféns".

Neste sentido, o alto responsável anunciou que a partir das 09h00 (hora local) da próxima segunda-feira serão abertos corredores humanitários no sentido leste e oeste, este último acordado com as autoridades ucranianas. Mizintsev observou que o cessar-fogo só se tornará efetivo depois que todas as partes confirmarem por meio de canais de comunicação que estão dispostas a aplicá-lo.

A partir das 11h00 (hora local) desta segunda-feira, está prevista a chegada de ajuda humanitária a Mariúpol composta por medicamentos, produtos e produtos de primeira necessidade. Mizintsev indicou que a chegada de uma coluna humanitária russa é esperada do leste, enquanto uma formada pelo lado ucraniano chegará do oeste. As unidades sapadores antecederão essas colunas, que realizarão a desminagem das vias para garantir a passagem segura dos comboios para as áreas residenciais da cidade e a posterior evacuação de civis.

O coronel-general sublinhou que quem quiser ser evacuado para territórios controlados por Kiev, poderá fazê-lo no quadro das colunas formadas pela Ucrânia. "Todos os residentes e estrangeiros de Mariupol têm garantida a escolha exclusivamente voluntária de qualquer um dos corredores humanitários ou o direito de permanecer na cidade destrancada", afirmou.

Aguardando a reação de kyiv

O alto funcionário enfatizou que a Rússia está esperando, até às 05:00 (hora de Moscou) de 21 de março, a reação oficial de Kiev sobre as medidas de evacuação propostas. "Pedimos às autoridades oficiais em Kiev que exerçam prudência e rescindam as instruções anteriores que forçaram os militantes a se sacrificarem e se tornarem 'mártires de Mariupol'", disse ele.

Mizintsev também se dirigiu àqueles que agora se autodenominam representantes das autoridades locais da cidade, que "estão sob controle total dos batalhões nacionalistas". O representante ressaltou que eles podem escolher se estão com seu povo ou com os bandidos . "Caso contrário, a corte marcial que os espera é apenas um pouco do que eles merecem por sua atitude desprezível para com seus próprios cidadãos, bem como pelos terríveis crimes e provocações que realizaram: ataques a um jardim de infância, duas escolas, uma maternidade, um prédio de teatro e muito mais", lembrou.