Aposta da direita, agora, é “renúncia” de Jair
Por Fernando Brito - no Tijolaço
Parte dos políticos da direita se dedica, agora, a cochichar na mídia que Jair Bolsonaro estaria cogitando desistir de sua reeleição e dividido entre as opções de “voltar para casa” ou candidatar-se ao Senado apenas para conseguir foro privilegiado e imunidade parlamentar.
Embora já seja cochicho recorrente, nestes dias-feriados da virada do ano, qualquer história cola… Os gaúchos, aliás, dizem que “em tempo de guerra, boato é como terra”, estáp or toda parte…
Não é possível, nunca, dizer que em política algo não vai acontecer, ainda mais quado se trata de um desequilibrado como o atual presidente, que rola ladeira abaixo no desprezo público.
Daí, porém, a decretar que ele está politicamente morto, vai distância.
A mim, parece mais que o desespero está na “3ª Via” que, incapaz de crescer e até mesmo de unir-se, espera ter na orfandade do eleitorado bolsonarista, neste caso sem candidato, o que supõe ser a saída para tornar-se competitiva como não conseguiu e não consegue ser.
Sobretudo de Sergio Moro que, diante da rejeição a seu nome, sonha com o monopólio do antipetismo como fórmula salvadora de sua candidatura chinfrim.
É ele quem está muito mais perto de “passar vergonha” com seu desempenho eleitoral, porque cair para 5 ou 6%, para quem posava de unanimidade nacional isto, sim, é um desmanche.
Bolsonaro, embora suas intenções de voto minguem, ainda tem o controle dos votos de direita no país e não vê ninguém sequer perto de si neste campo.
Nem sequer conta como certa a derrota, esperançoso na distribuição de recursos federais e na radicalização a que retornou, após o breve período de “par e amor” pós-Sete de Setembro.
Pode até desistir diante de uma derrota acachapante, como sugerem as notas que se publicam sobre sua desistência. Não é impossível, claro, mas apenas em cima da hora e para causar confusão e conflito, como o “Capitólio tupiniquim”, a la Trump.
Bolsonaro, como as baratas, não podem ser espantadas, apenas. Precisam da chilnelada definitiva, esmagadora, nas urnas, embora, ainda continuem, por algum tempo, agitando a pata em seus estertores.
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