Ministério das Relações Exteriores da China divulga relatório sobre democracia nos EUA
O Ministério das Relações Exteriores da China divulgou neste domingo um relatório em seu site intitulado "O estado da Democracia nos Estados Unidos".
Com base em fatos e opiniões de especialistas, o relatório visa expor as deficiências e abusos da democracia nos Estados Unidos, bem como os prejuízos de exportar tal democracia. Espera-se que os Estados Unidos aprimorem seu próprio sistema e práticas democráticas e mudem sua forma de interagir com outros países, diz o texto.
Além do preâmbulo e da conclusão, o documento tem duas partes intituladas "O que é democracia?" e "A alienação e três males da democracia nos EUA".
A democracia é um valor comum compartilhado por toda a humanidade. É um direito de todas as nações, não uma prerrogativa reservada a alguns, aponta o relatório, acrescentando que a democracia assume diferentes formas e não existe um modelo único para todos.
O documento continua dizendo que seria totalmente antidemocrático medir os diversos sistemas políticos do mundo com um único critério ou examinar diferentes civilizações políticas de uma única perspectiva.
O sistema político de um país deve ser decidido de forma independente por seu próprio povo.
O texto afirma que, de uma perspectiva histórica, o desenvolvimento da democracia nos Estados Unidos foi um passo à frente. O sistema de partidos políticos, o sistema representativo, uma pessoa, um voto e a separação de poderes negaram e reformaram a autocracia feudal na Europa.
No entanto, ao longo dos anos, a democracia nos Estados Unidos tornou-se alienada e degenerada, e cada vez mais se desviou da essência e de seu desenho original, ressalta o relatório.
O documento elabora sobre a alienação e os males da democracia nos Estados Unidos a partir de três aspectos: o sistema repleto de problemas profundos, práticas confusas e caóticas de democracia e consequências desastrosas da exportação americana de seu tipo de democracia.
O texto afirma que é imperativo para o país trabalhar seriamente para garantir os direitos democráticos de seu povo e melhorar seu sistema de democracia, em vez de colocar muita ênfase na democracia processual ou formal em detrimento da democracia substantiva e seu resultado.
O que também é imperativo para os Estados Unidos é assumir mais responsabilidades internacionais e fornecer mais bens públicos para o mundo, em vez de sempre buscar impor sua própria marca de democracia aos outros, usar seus próprios valores como meio de dividir o mundo em campos diferentes, ou realizar intervenção, subversão e invasão em outros países sob o pretexto de promover a democracia, acrescenta o documento.
A comunidade internacional enfrenta agora desafios urgentes em escala global, desde a pandemia de COVID-19, a desaceleração econômica, até a crise da mudança climática, alerta o relatório, conclamando todos os países a superarem as diferenças de sistemas, rejeitarem a mentalidade do jogo de soma zero e buscarem o multilateralismo genuíno.
Todos os países precisam defender a paz, o desenvolvimento, a equidade, a justiça, a democracia e a liberdade, que são valores comuns da humanidade, explica o texto.
Também é importante que todos os países respeitem uns aos outros, trabalhem para expandir o terreno comum enquanto abrigam diferenças, promovam a cooperação para benefício mútuo e construam conjuntamente uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, exalta o relatório.
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