Pesquisa: Com exceção dos mais ricos e empresários, rejeição a Bolsonaro sobe e atinge nível recorde

 

Aprovação do governo chegou ao seu menor nível, com 22%

 Por Redação RBA - Publicado 16/09/2021 

 Crescente, a rejeição ao presidente Jair Bolsonaro atingiu novo recorde, segundo pesquisa divulgada na tarde desta quinta-feira (16) pelo instituto Datafolha. Mais da metade dos entrevistados (53%) consideram o governo ruim ou péssimo. Assim, a taxa de rejeição aumentou 19 pontos percentuais em pouco mais de um ano: em agosto do ano passado, eram 34%. Os resultados para o presidente são melhores entre os mais ricos e empresários.

Ele tem rejeição muito maior do que a dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva em períodos similares. Enquanto Jair Bolsonaro ostenta 53%, a reprovação de Lula era de 23% em julho de 2005 e a de Dilma, 22% em agosto de 2013. O atual presidente perde, inclusive, do missivista Michel Temer e para os também ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor (outro aliado).

Os que avaliam o governo como “ótimo” ou “bom” agora são 22%. Há pouco mais de um ano, eram 34%. O “regular” está em 24%.

A reprovação dispara e vai a 85% entre eleitores com ensino superior. Chega a 73% entre estudantes, a 61% entre homossexuais/bissexuais e a 59% entre negros e jovens de 16 a 24 anos. Aumentou a rejeição a Bolsonaro, para 50%, entre os quem recebem de 5 a 10 salários mínimos. E sobe a 56% na faixa de menor renda


A aprovação é maior entre os que ganham mais de 10 mínimos (47%) e empresário (38%). Mas, mesmo entre evangélicos, uma de suas principais bases, o presidente vem perdendo terreno: a reprovação (41%) supera a aprovação (29%). Na pesquisa anterior, havia empate técnico (34% e 37%, respectivamente).

O Datafolha informa ter ouvido, presencialmente, 3.667 pessoas com mais de 16 anos, em 190 municípios. A pesquisa foi feita entre segunda-feira e ontem (13 a 15), e a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

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