Thierry Meyssan: Sete mentiras a propósito do Afeganistão

Cena de pânico no aeroporto de Cabul onde os antigos Colaboradores da CIA tentam fugir da vingança do povo afegão.

  Rede Voltaire | Paris (França) | 21 de Agosto de 2021

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Os Presidentes francês, Emmanuel Macron, e norte-americano, Joe Biden, dirigiram-se solenemente aos seu povos a propósito da tomada de Cabul pelos Talibã, em 15 de Agosto de 2021.

1 — A Guerra do Afeganistão não é uma resposta ao 11-de-Setembro, ela havia sido planificada antes dos atentados

Segundo estes dois responsáveis políticos, a invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos em 2001 teria tido por único objecto « perseguir os que nos atacaram em 11 de Setembro de 2001 e fazer de modo a que a Alcaida não possa servir-se do Afeganistão como base para perpetrar novos ataques » [1].

Naiz Naik foi assassinado no seu domicilio em 2009.

Joseph Goebbels, o Ministro da Propaganda do III Reich, teria dito que « uma mentira repetida dez vezes continua a ser uma mentira; repetida dez mil vezes, torna-se a verdade ». Mas os factos persistem e quer agrade ou não ao Srs Macron e Biden, a guerra de 2001 foi decidida a meio de Julho de 2001, aquando do fracasso das negociações de Berlim entre por um lado, os Estados Unidos e o Reino Unido, e de outro não o Governo afegão, mas os Talibã. O Paquistão e a Rússia assistiram a essas conversações secretas como observadores. A delegação talibã entrara na Alemanha em violação da proibição de deslocação imposta, a seu respeito, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Após o fracasso dessas negociações, o Ministro paquistanês dos Negócios Estrangeiros (Relações Exteriores-br), Naiz Naik, regressando ao seu país, soou o alarme. O Paquistão buscou então novos aliados. Propôs à China abrir-lhe uma porta para o Oceano Índico (o que vemos hoje com a «Rota da Seda»). Os Estados Unidos e o Reino Unido começaram a colocar as suas tropas na zona : 40.000 homens no Egipto e a quase toda a frota britânica no mar de Omã. Só depois de completado este dispositivo é que os atentados do 11-de- Setembro tiveram lugar.

2 — A Alcaida não é uma ameaça para os Anglo-Saxões, mas um instrumento

Segundo o Presidente Biden : « A nossa missão de reduzir a ameaça terrorista da Alcaida no Afeganistão e de matar Osama bin Laden foi um a sucesso ».

Alexandre de Marenches havia idealizado a forma de forçar a URSS a atolar-se no Afeganistão.

Ora, foi o Director dos Serviços Secretos do exterior da França, Alexandres de Marenches, quem propôs ao seu homologo dos EUA, no quadro do Cercle Pinay [2], provocar uma intervenção soviética no Afeganistão a fim de aí os armadilhar [3]. O Conselheiro de Segurança Nacional do Presidente Carter, Zbigniew Brzeziński, foi a Beirute buscar o multimilionário anti-comunista Osama Bin Laden e pediu-lhe para tomar a chefia de mercenários árabes a fim de lançar uma campanha terrorista contra o governo comunista afegão [4]. Bin Laden estava em Beirute para se encontrar com o antigo Presidente libanês Camille Chamoun, membro da Liga anti-comunista mundial [5]. Washington escolhera Bin Laden por duas razões : Primeiro, era um membro de uma sociedade secreta, a Confraria dos Irmãos Muçulmanos, o que lhe permitia recrutar combatentes ; segundo, ele era um dos herdeiros da maior sociedade de construção civil do mundo árabe. Como tal, dispunha de homens e do conhecimento necessário para transformar os rios subterrâneos do Hindu Kush em vias de comunicação militar.

O The Independent (Londres) celebra Osama bin Laden. Ao mesmo tempo a Heritage Foundation (Washington), o “think- tank” do Presidente Reagan, distribuía tee-shirts com a sua efígie e com o slogan « Ele bate-se pelos nossas liberdades ».

Posteriormente, este mesmo Osama bin Laden serviu de conselheiro militar ao Presidente da Bósnia, Alija Izetbegović, em 1992-94. Os seus combatentes seguem-no para lá. Trocaram o nome de « Mujahedins » pelo de «Legião Árabe». O seu acampamento foi visitado por comandos russos, que lá acabaram feitos prisioneiros. No entanto, antes de serem presos tiveram tempo de vasculhar a sua sala de comando e de constatar que todos os documentos militares estavam redigidos em inglês e não em árabe [6].

A Legion árabe de Osama bin Laden desfila na Bósnia-Herzegovina.

Mais tarde ainda, Osama Bin Laden utilizou os seus combatentes para operações pontuais. Ele convocava-os escolhendo-os, segundo as suas necessidades, a partir do seu « ficheiro », em árabe « Alcaida » (القاعدة‎).

É pois indiscutível que Osama bin Laden foi, durante muitos anos, um agente dos Estados Unidos. No entanto, estes afirmam que ele se teria voltado contra eles, o que nada, absolutamente nada, atesta. Seja como for, Osama bin Laden estava gravemente doente. Precisava de cuidados quotidianos numa sala esterilizada. Ele foi, portanto, tratado no hospital Americano do Dubai, em Julho de 2001, conforme revelado pelo Le Figaro. [7]. Esta informação foi desmentida pelo dito hospital, mas foi-me confirmada pelo Xeque Khalifa ben Zayed Al Nahyane (o actual Presidente dos Emirados Árabes Unidos), que me garantiu que o tinha visitado em presença do Chefe da antena local da CIA. Por fim Osama bin Laden foi tratado no hospital militar de Rawalpindi (Paquistão) [8] onde morreu em Dezembro de 2001. As suas exéquias tiveram lugar no Afeganistão, em presença de dois representantes do MI6 britânico que redigiram um relatório a este propósito.

Contrariando também, e de maneira indiscutível, a teoria da reviravolta de Osama bin Laden contra os seus empregadores da CIA, o facto de que até 1999 —ou seja, depois dos atentados que lhe foram atribuídos contra as Torres Khobar na Arábia Saudita e contra as embaixadas dos Estados Unidos em Nairobi (Quénia) e de Dar-es-Salaam (Tanzânia)— ele dispor de um escritório de relações públicas em Londres. Fora a partir deste escritório que ele lançara o seu Apelo à Jiade contra os judeus e os cruzados.

O facto de durante dez anos, termos ouvido e visto gravações de pessoas que declaravam ser Osama bin Laden apenas engana aqueles que nisso querem acreditar: os peritos suíços do Instituto Dalle Molle de inteligência artificial perceptiva, que há época os grandes bancos utilizavam nos negócios delicados, foram formais. Estas gravações são falsidades (aqui incluída a divulgada pelo Pentágono, onde ele reivindica os atentados do 11 de Setembro) e não correspondem ao verdadeiro Bin Laden. Se o reconhecimento facial e vocal eram então uma especialidade, hoje em dia são uma técnica corrente. Podereis vós próprios verificá-lo com software que se encontra um pouco por todo o lado.

Após a morte de Bin Laden, Ayman al-Zawahiri tornou-se o Emir da Alcaida. Ele continua a exercer esta função. Este —que havia supervisionado o assassínio do Presidente egípcio Anouar al-Sadate— viveu após 2001 vários anos na embaixada dos EUA em Baku (Azerbaijão) [9]. Ele era, pelo menos neste período, protegido pelos Marines dos EUA. Ignora-se onde reside actualmente, mas nada permite pensar que não continue sob protecção norte-americana.

3 — Os Estados Unidos já não se concentram na « luta anti-terrorista », antes financiam e armam o terrorismo

O Presidente Biden explicou longamente durante a sua alocução sobre a queda de Cabul que os Estados Unidos não estavam lá para construir Estados, mas unicamente para lutar contra o terrorismo.

Repetem esta expressão de « luta contra o terrorismo » desde há vinte anos, mas isso não lhe dá mais significado. O terrorismo não é um adversário de carne e osso. É um método de combate. Todos os exércitos do mundo podem recorrer a ele em certas circunstâncias. Durante a Guerra Fria, os dois blocos usaram-no amplamente um contra o outro.

Desde que o Presidente George W. Bush (o filho) declarou a « guerra contra o terrorismo » (isto é, “a guerra contra a guerra”), o recurso a essa técnica militar não cessou de aumentar. Os Ocidentais pensam sobretudo nos atentados em algumas grandes cidades, mas o pior foi alcançado com a criação de pequenos Estados terroristas no Médio-Oriente Alargado até ao sinistro « Estado Islâmico do Levante » (Daesh) e hoje em dia o Emirado Islâmico do Afeganistão .

Os Afegãos, os Iraquianos, os Líbios e os Sírios acreditaram inicialmente na narrativa norte-americana dos acontecimentos, mas agora já não têm qualquer ilusão. Após 20 anos de guerra, perceberam que os Estados Unidos não lhes desejam nada de bom. Washington não combate o terrorismo, antes cria, financia e arma grupos que praticam o terrorismo.

4 — Os Talibã não travaram combate a sério, eles tomaram aquilo que os Estados Unidos lhes deram

Os Presidentes Macron e Biden fingem surpresa face à « tomada de Cabul » pelos Talibã. Segundo eles, « os dirigentes políticos afegãos desistiram e fugiram do país. O Exército afegão colapsou, por vezes sem sequer dar luta ». Mas como fugiram eles, senão com aviões militares ocidentais? E o Exército afegão não « buscou por vezes bater-se », é o inverso : apenas « por vezes » é que ele procurou combater. É preciso notar que as fronteiras afegãs estavam entre as mais seguras do mundo. Soldados dos EUA registavam a identidade de todo a gente com meios eletrónicos, nomeadamente com reconhecimento de íris.

O Exército afegão era composto por 300. 000 homens —quer dizer mais do que as Forças Armadas francesas— muito bem treinados pelos Estados Unidos, pela França e por outros. Ele estava super-equipado com material sofisticado. Toda a sua infantaria dispunha de coletes à prova de bala e de sistemas de visão nocturna. Tinha uma aviação muito competente. Pelo contrário, os Talibã não passavam dos 100. 000 homens, isto é três vezes menos.

Maltrapilhos de sandálias e armados com Kalashnikovs. Não tinham Força Aérea —agora, de repente, ficaram com uma com pilotos treinados vindos não se sabe de onde—. Se tivesse havido combates, eles teriam sido vencidos de certeza.

A mudança de regime tinha sido decidida sob a presidência de Donald Trump. Ela devia acontecer em 1 de Maio. Mas o Presidente Joe Biden modificou o calendário para mudar a História. Ele utilizou este adiamento para instalar bases militares nos países vizinhos e encaminhar pelo menos 10. 000 mercenários para lá. Mobilizou o Exército turco, que já está presente no país, mas do qual ninguém fala. Este recrutou pelo menos já 2. 000 jiadistas presentes em Idleb (Síria) e continua a mobilizá-los.

Gulbuddin Hekmatyar recebe a vassalagem de Rached Ghannouchi (actual Presidente da Assembleia Nacional tunisina) e de Recep Tayyip Erdoğan (actual Presidente turco).

Importa lembrar que durante a guerra contra os Soviéticos, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, era já membro da Confraria dos Irmãos Muçulmanos e chefe de uma milícia, a Millî Görüş (a mesma que abre hoje mesquitas na Alemanha e em França). Foi nessa dupla qualidade que ele veio ajoelhar-se perante Gulbuddin Hekmatyar, o líder afegão dos Irmãos Muçulmanos e futuro Primeiro-Ministro. Em seguida, este último prestou vassalagem à Alcaida, o que não o impediu de concorrer à eleição presidencial afegã de 2019 sob proteção norte-americana.

Os aliados começaram há já vários meses a repatriar os seus cidadãos. Eles pensavam ter tempo antes de 11 de Setembro ou, no pior dos casos, antes da meia-noite de 30 de Agosto. Mas Washington decidiu o contrário, escolhendo 15 de Agosto, a data do feriado nacional indiano. Uma advertência a Nova Deli, a qual não aprecia que os Pashtuns do Presidente Ghani sejam substituídos pelos do Emir Akhundzada quando ela apoia outras etnias.

As cenas de pânico que vimos nos aeroportos de Cabul fazem-nos lembrar as de Saigão aquando da derrota dos EUA no Vietname (Vietnã-br). São efectivamente idênticas. Os Afegãos que se agarram às aeronaves não são, na sua maioria, tradutores das embaixadas ocidentais, mas agentes da « Operação Ómega » posta em prática sob a presidência Obama. [10]. São membros da « Khost Protection Force (Força de Proteção Khost- ndT) (KPF) e da Direção Nacional de Segurança (NDS), auxiliares da contra-insurgência, tal como os Vietnamitas da « Operação Phoenix ». Eles estavam encarregados de torturar e de assassinar Afegãos que se opunham à ocupação estrangeira. Cometeram tantos crimes que face a eles os Talibã são meninos de coro [11].

Em breve, o que iremos ver no Afeganistão será uma paisagem totalmente diferente.

5 — Os Estados Unidos não perderam o Afeganistão em proveito da China, mas forçam sim as empresas chinesas a aceitar a sua protecção

Os Estados Unidos nada perderam no Afeganistão porque não querem aí instalar qualquer paz. Eles não querem saber do milhão de mortos que lá provocaram em 20 anos. Eles querem apenas que esta região seja instável, que nenhum governo possa aí controlar a exploração de recursos naturais. Eles significam que as empresas, de quaisquer países desenvolvidos que por lá apareçam, apenas poderão explorá-los aceitando a sua protecção.

É o esquema popularizado por Hollywood do mundo globalizado, protegido por uma muralha, a partir do qual Forças Especiais vão vigiar no estrangeiro locais de exploração em regiões selvagens.

O assistente do Almirante Cebrowski vulgarizou o seu pensamento quanto à maneira de adaptar às Forças Armadas dos EUA ao capitalismo financeiro.

Esta estratégia foi elaborada por Donald Rumsfeld, o Secretário da Defesa de George W. Bush, e pelo Almirante Arthur Cebrowski, o qual havia já informatizado as Forças Armadas dos EUA. No 11 de Setembro de 2001, tornou-se a maneira de pensar do Estado-Maior dos EUA. Ela foi vulgarizada pelo adjunto de Cebrowski, Thomas Barnett, com o seu livro The Pentagon’s New Map (O Novo Mapa do Pentágono-ndT) [12].

Foi esta mudança de paradigma que o Presidente Bush qualificou de « Guerra sem fim ». Com essas palavras, ele queria dizer que os Estados Unidos combateriam eternamente contra o terrorismo, ou melhor, que eles instrumentalizariam eternamente grupos terroristas para impedir qualquer organização política dessas regiões.

Sim, as empresas chinesas exploram já minas no Afeganistão, mas agora terão que pagar um tributo aos Estados Unidos, ou serão alvo de atentados terroristas. Bem, isto é extorsão, e daí?

6 — Os Ocidentais não defendem a Luz face às trevas, antes a instrumentalizam sem complexos

A primeira-dama dos Estados Unidos, Laura Bush, fez-nos chorar a todos contando-nos aquela história das meninas massacradas pelos Talibã porque tinham ousado pintar as unhas de vermelho. Mas a verdade é completamente diferente.

Quando o Presidente Carter, Zbigniew Brzeziński e Alexandre de Marenches apoiaram os islamistas afegãos, em 1978, eles combatiam os comunistas que abriam escolas para as meninas. Porque para eles a luta contra os aliados da URSS vinha primeiro que os Direitos do Homem. Da mesma forma hoje, o Presidente Biden e o seu Secretário de Estado, Antony Blinken, apoiam os Talibã porque, para eles, o controle do acesso às riquezas naturais do Médio-Oriente Alargado vem antes dos Direitos do Homem. E, eles fazem a mesma coisa no Iraque, na Líbia e na Síria.

O General paquistanês Muhammad Zia-ul-Haq, o multimilionário saudita Osama bin Laden, o médico egípcio Ayman al-Zawahiri, o miliciano turco Recep Tayyip Erdoğan e o professor de religião tunisino Rached Ghannouchi são membros da Confraria dos Irmãos Muçulmanos.

Os Estados Unidos não apoiaram os islamistas apenas nos países em guerra. Assim, colocaram no Poder no Paquistão o General Muhammad Zia-ul-Haq, um membro da Confraria dos Irmãos Muçulmanos, para que o seu país servisse de base de retaguarda segura aos combatentes anti-soviéticos. Ele derrubou a democracia, enforcou o Presidente Zulfikar Ali Bhutto e restabeleceu a Sharia. A filha do Presidente Bhutto, Benazir Bhutto, que foi Primeira-Ministra do Paquistão nos anos 90, veio a ser, por sua vez, assassinada pelos Talibã.

É inútil voltarmos aos crimes da contra-insurgência ocidental, o pânico dos seus Colaboradores nos aeroportos de Cabul é esclarecedor.

Se o islamismo e o laicismo foram utilizados para manipular os Afegãos e enganar os Ocidentais, a vida política no Afeganistão não repousa nestes conceitos, mas primeiro nas divisões étnicas. Há cerca de uma quinzena, dos quais os mais numerosos, os Pashtuns, estão também amplamente instalados no Paquistão. Este país continua a ser tribal e não é ainda uma Nação. Outras etnias são apoiadas por outros países da região porque elas também estão presentes nos seus territórios.

7 — A França nem sempre apoiou os crimes dos Estados Unidos no Afeghanistão, mas unicamente a partir do Presidente Sarkozy

Segundo o Presidente Emmanuel Macron: « O Presidente Jacques Chirac, já em Outubro de 2001 decidira a participação da França na acção internacional, por solidariedade com os nossos amigos e aliados americanos que acabavam de sofrer um terrível atentado no seu território. Com um objectivo claro: combater uma ameaça terrorista que visava directamente o nosso território e o dos nossos aliados a partir do Afeganistão, que se tornara o santuário do terrorismo islamista » [13].

Esta é uma maneira descontraída de apagar um conflito característico da França. Em Outubro de 2001, o Presidente Chirac opôs-se veementemente a que o Exército francês participasse na ocupação anglo-saxónica do Afeganistão. Ele só autorizou a intervenção no quadro da Resolução 1386 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Os soldados franceses foram, é certo, colocados sob as ordens da OTAN, mas no âmbito da Força Internacional de Segurança e Assistência (ISAF - FIAS). Eles apenas participavam na assistência à reconstrução. Não faziam prisioneiros, mas eventualmente detinham combatentes que remetiam imediatamente ao Governo afegão. Foi o Presidente Nicolas Sarkozy que mudou este estatuto e tornou a França cúmplice dos crimes dos Estados Unidos. É por causa desta mudança que a França exfiltra actualmente membros da « Khost Protection Force (KPF) » e da Direcção Nacional de Segurança (NDS). E, ela irá provavelmente pagar o preço por isso.

Tradução
Alva
 
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[1Remarks by Joe Biden on Afghanistan”, by Joseph R. Biden Jr., Voltaire Network, 16 August 2021.

[2« Les gentlemen du Cercle Pinay », Réseau Voltaire, 11 mars 2004.

[3Dans le secret des princes, Christine Ockrent & Alexandre de Marenches, Stock (1986).

[4«Sí, la CIA entró en Afganistán antes que los rusos…», por Zbigniew Brzeziński, Nouvel Observateur (Francia) , Red Voltaire , 15 de enero de 1998.

[5«La Liga Anticomunista Mundial, internacional del crimen», por Thierry Meyssan, Red Voltaire , 20 de enero de 2005.

[6Conversação do autor, em 2003, com um oficial do KGB que participou nesta operação.

[7La CIA a rencontré Ben Laden à Dubaï en juillet », par Alexandra Richard, Le Figaro, 31 octobre 2001.

[8« Hospital Worker : I Saw Osama », CBS Evening News, 28 janvier 2002.

[9Classified Woman : The Sibel Edmonds Story : A Memoir, Sibel Edmonds (2012).

[10Obama’s Wars, Bob Woodward, Simon & Schuster (2010.

[11« Armed Governance: the Case of the CIA-Supported Afghan Militias », Antonio De Lauri & Astri Suhrke, in Afghanistan: Militias Governance and their Disputed Leadership. Taliban, ISIS, US Proxy Militais, Extrajudicial Killings, War Crimes and Enforced Disappearances, Musa Khan Jalalzai, Vij Books India Pvt Ltd (2020).

[12A doutrina Rumsfeld/Cebrowski”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 25 de Maio de 2021.

[13« Allocution d’Emmanuel Macron sur l’Afghanistan », par Emmanuel Macron, Réseau Voltaire, 16 août 2021.

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Thierry Meyssan

Intelectual francês, presidente-fundador da Rede Voltaire e da conferência Axis for Peace. As suas análises sobre política externa publicam-se na imprensa árabe, latino-americana e russa. Última obra em francês: Sous nos yeux. Du 11-Septembre à Donald Trump. Outra obras : L’Effroyable imposture: Tome 2, Manipulations et désinformations (ed. JP Bertrand, 2007). Última obra publicada em Castelhano (espanhol): La gran impostura II.
Manipulación y desinformación en los medios de comunicación
(Monte Ávila Editores, 2008).

 

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