Paulo Kliass: As pedaladas de Guedes & Bolsonaro

  

Créditos da foto: (Ueslei Marcelino/Reuters)
 

 Por Paulo Kliass - na Carta Maior - 21/04/2021

 Lá se vão mais de cinco anos daquela trágica noite, quando o plenário da Câmara dos Deputados decidiu pela abertura do processo de impeachment contra a Presidenta Dilma Roussef. Para além da mais pura ausência de provas para justificar aquele golpe, a sessão presidida pelo deputado Eduardo Cunha revelou-se um verdadeiro show de horrores. Um espetáculo degradante para qualquer sociedade que se pretenda minimamente democrática e civilizada. Dentre os inúmeros absurdos e crimes proferidos ao longo das inúmeras declarações de voto, chamou a atenção a fala do então deputado federal, Jair Bolsonaro. Ele rendia homenagem ao reconhecido assassino e torturador confesso da época da ditadura militar, Coronel Brilhante Ustra, dedicando à memória do carrasco o seu voto a favor do afastamento de Dilma.



O processo estava baseado em uma interpretação casuística e tendenciosa de supostas irregularidades que teriam sido cometidas pela equipe de governo no que se refere à política fiscal. Mas o próprio processo deixou claro que não havia nenhuma evidência de que tais atos poderiam ser caracterizados como “crime de responsabilidade”. A alternativa encontrada para os que desejavam promover o afastamento de Dilma a qualquer custo foi o bordão que passou a ser usado nas reuniões: ela seria punida pelo “conjunto da obra”. Um absurdo político e jurídico!

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