Após George Floyd, Biden fala em leis contra racismo e violência policial
George com a filha Gianna: “papai mudou o mundo”, disse a menina, alguns dias após o assassinato de Floyd |
Foram três semanas de julgamento, até a sessão desta terça-feira (20), em que o ex-policial Derek Chauvin, homem branco, foi condenado pela morte de George Floyd, homem negro, em maio de 2020. A defesa do acusado, que não quis se pronunciar, insistia na tese de que Floyd tinha problemas com drogas e cardíacos, e que por isso morreu; e não pelo fato de ter o joelho de Chauvin sobre seu pescoço por nove minutos: “Não consigo respirar”, dizia a vítima.
O júri popular – seis brancos, quatro negros e duas pessoas multirraciais – decidiu por unanimidade condenar o ex-policial. E pelos três crimes de que era acusado: homícidio culposo, negligência ao assumir o risco de causar a morte e desconsideração pela vida ao praticar ato perigoso. O crime chocou o mundo e desencadeou dentro e fora dos Estados Unidos as manifestações que trouxeram ao vocabulário a expressão black lives matter. Vidas negras importam.
A decisão da Justiça norte-americana em Minneapolis é o primeiro caso de condenação de um policial branco por um crime contra um homem negro no estado. E a repercussão nas redes sociais expressa uma explosão de alívio, o conforto que resta aos indignados, uma vez que a morte de George Floyd deu um impulso à luta contra o racismo e contra a violência policial. O episódio foi um dos fatores que impulsionaram a derrocada da era Donald Trump. Tanto que o presidente Joe Biden foi umas das primeiras autoridades a telefonar para os familiares de Floyd desejando que a justiça se cumprisse. “Estou rezando para que o veredicto seja o veredicto certo”, disse Biden.
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