Lamentável ver generais de Brasil e Colômbia como funcionários dos EUA, diz chanceler da Venezuela

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, fala durante entrevista coletiva após visitar o Tribunal Penal Internacional em Haia, nos Países Baixos, 13 de fevereiro de 2020
© AP Photo / Phil Nijhuis


O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, lamentou nesta sexta-feira (17) que o governo dos EUA use generais da Colômbia e do Brasil como seus funcionários, após a transmissão de um vídeo em que os militares aparecem firmemente diante do presidente Donald Trump.

"Quando você vê essa cena, seu sangue ferve, o sangue que corre pelas veias abertas dos povos da América Latina e do Caribe. Eu nem quero imaginar a indignação que os povos e militares da Colômbia e do Brasil sentirão. Independência ou nada!", escreveu o chanceler em sua conta no Twitter.

O vídeo mostra o chefe do Comando Sul, o norte-americano Craig Faller, apresentando Trump às Forças Armadas colombianas e brasileiras, durante uma reunião em 10 de julho deste ano.
Faller destacou que o presidente colombiano Iván Duque e o presidente brasileiro Jair Bolsonaro enviaram seus melhores militares e que são pagos "totalmente" por seus governos, mas trabalham para os Estados Unidos.
Em março, a Venezuela rejeitou a "agenda militar" dos EUA, Brasil e Colômbia contra o governo Nicolás Maduro, após um acordo de cooperação alcançado pelo governo Bolsonaro com o Comando Sul da nação norte-americana.
No final de janeiro, a Colômbia e os EUA realizaram exercícios militares conjuntos.