Bombardeio no aeroporto de Badgá mata general iraniano, diz TV iraquiana

Qassem Soleimani, major-general da Força Al Quds da Guarda Revolucionária Iraniana, em foto feita em Teerã, no Irã, em outubro de 2019.
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As Forças de Mobilização Popular Shia do Iraque disseram nesta sexta-feira (3) que vários membros da milícia e vários "convidados" foram mortos por foguetes perto do Aeroporto Internacional de Bagdá.
A mídia estatal iraquiana afirma que o vice-chefe da Forças de Mobilização Popular Shia do Iraque, Abu Mahdi al-Muhandis, e o chefe da unidade Força Quds, do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, o major-general Qasem Soleimani, foram mortos no incidente.
As emissoras Al Arabiya e Sky News também publicaram relatos das mortes, embora ainda não haja confirmação oficial de Teerã.
Informações preliminares indicam que todas as vítimas estavam em um pequeno comboio que deixava o aeroporto.
As Forças de Mobilização Popular Shia do Iraque acusam os Estados Unidos e Israel pelo bombardeio. 
Segundo autoridades dos Estados Unidos, citadas pela agência de notícias Reuters sob condição de anonimato, os ataques de quinta-feira foram realizados contra dois alvos ligados ao Irã em Bagdá.
No início do dia, as Forças de Mobilização Popular Shia do Iraque - que supostamente são responsáveis pelo recente cerco da embaixada dos EUA em Bagdá - confirmaram que seu principal funcionário encarregado das relações públicas, Mohammed Jabiri, também foi morto no incidente.
Manifestantes iraquianos protestam na embaixada dos EUA, em Bagdá.
© REUTERS / THAIER AL-SUDANI
Manifestantes iraquianos protestam na embaixada dos EUA, em Bagdá.
A embaixada foi invadida após ataques aéreos contra uma unidade do Hezbollah Kataib, apoiada pelo Irã, que opera no país. Os ataques foram realizados em resposta a um ataque na base de Kirkuk, que matou um soldado terceirizado dos Estados Unidos. 
O ataque aéreo mortal também ocorre em meio à escalada de conflitos entre EUA e Irã no Oriente Médio. Desde maio de 2019, Washington - depois de se retirar unilateralmente do acordo nuclear iraniano - vem aumentando sua presença militar na região.