"Depois dos cortes, virá a privatização do ensino", diz Paulo Arantes
Para pesquisador da USP, quem pauta a educação hoje no Brasil são as grandes corporações Por Pedro Stropasolas e Vanessa Nicolav - no Brasil de Fato - 27/05/2019 Paulo Arantes é professor aposentado do departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP) / Foto: Brasil de Fato Mesmo com o anúncio do desbloqueio de R$ 1,58 bilhão pelo Ministério da Educação (MEC) nesta quarta-feira (22), o cenário de desmonte do ensino federal público continua efetivo. Cerca de R$ 5,8 bilhões do orçamento da pasta permanecem congelados. O corte do MEC, que foi anunciado pelo ministro Abraham Weintraub – ex-funcionário do Banco Votorantin –, visa atingir, principalmente, as universidades públicas, grandes centros da produção de ciência e conhecimento no país. Para Paulo Arantes, filósofo marxista, e um dos mais importantes intelectuais ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT) – até romper com o partido, em 2003 –, com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL), a educação cai na esfera