Fernando Brito: “Financial Times” põe em dúvida números de nossa economia
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Não é teoria da conspiração de blogueiro de esquerda, como se costuma acusar.
O prestigioso – e conservador – conservador Financial Times publica hoje que “Falha nos dados econômicos brasileiros desperta preocupações entre analistas”, estranhando a anômala recisão dos dados das exportações brasileiras, que mudaram de um polo a outro o desempenho de nossas contas externas:
O Ministério da Economia do Brasil revisou seus números de exportação pela segunda vez em menos de uma semana, colocando em dúvida os principais dados divulgados e deixando os analistas se perguntando se ainda devem confiar na confiabilidade das estatísticas brasileiras. As dúvidas surgiram na semana passada, quando a moeda do país foi atingida por números do banco central, mostrando uma acentuada deterioração do saldo em conta corrente do Brasil no período de janeiro a outubro, impulsionada por uma queda nas exportações.
Mas a moeda se recuperou na quinta-feira, quando o Ministério da Economia revelou que as exportações nas quatro primeiras semanas de novembro não foram, como afirmado anteriormente, de decepcionantes US $ 9,7 bilhões, para US $ 13,5 bilhões, muito melhores. A controvérsia continuou nesta semana. Na noite de segunda-feira, o Ministério da Economia disse que seu erro foi causado por uma falha em registrar um grande número de declarações de exportadores nos últimos três meses, e que as exportações em setembro e outubro também foram subnotificadas em US $ 1,37 bilhão e US $ 1,35 bilhão respectivamente.
Mas a moeda se recuperou na quinta-feira, quando o Ministério da Economia revelou que as exportações nas quatro primeiras semanas de novembro não foram, como afirmado anteriormente, de decepcionantes US $ 9,7 bilhões, para US $ 13,5 bilhões, muito melhores. A controvérsia continuou nesta semana. Na noite de segunda-feira, o Ministério da Economia disse que seu erro foi causado por uma falha em registrar um grande número de declarações de exportadores nos últimos três meses, e que as exportações em setembro e outubro também foram subnotificadas em US $ 1,37 bilhão e US $ 1,35 bilhão respectivamente.
Recebo informações de técnicos que é um erro, imenso e raro, mas técnico. Duvido, pelas duas razões.
Seja o que for, é a primeira vez que as estatísticas econômicas do país são colocadas sob a sombra de dúvidas quanto à sua credibilidade e justo pelo rigorosíssimo Financial Times.
Aconteceu igual na Argentina e ajudou a derrubar os sucessos do neoliberalismo de Maurício Macri.