Bolsonaro foi citado por suspeito de matar Marielle Franco, revelam investigações
Por lei, nome do presidente em jogo obriga o Supremo Tribunal Federal (STF) a analisar o caso
Capitão reformado é conhecido por discurso que incita a violência; em maio deste ano Bolsonaro flexibilizou registro, posse e porte de armas / Foto: Evaristo SA/AFP |
Investigações sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes revelaram que o principal suspeito dos crimes citou o presidente da República Jair Bolsonaro (PSL). Com isso, as investigações devem ser levadas para o Supremo Tribunal Federal (STF) por conta do foro privilegiado de Bolsonaro.
Segundo revelações do Jornal Nacional na noite desta terça-feira (29), a Polícia Civil do Rio de Janeiro teve acesso ao caderno de visitas do condomínio na Barra da Tijuca, na zona sul do Rio, onde vivia a família Bolsonaro e o ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado pelo Ministério Público e pela Delegacia de Homicídios de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora e seu motorista.
Horas antes do crime, em 14 março de 2018, Élcio Vieira de Queiroz teria anunciado na portaria do Condomínio Vivendas da Barra que iria visitar Jair Bolsonaro e acabou indo até a casa do PM reformado. Élcio é acusado pela polícia de ser o motorista do carro usado no crime. Os dois suspeitos foram presos em 12 de março deste ano.
Conforme o JN, no dia da visita, Bolsonaro estava em Brasília e não em sua casa no Rio de Janeiro.
O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, divulgou nota pública em que comenta as revelações do caso Marielle. "Exigimos esclarecimentos imediatamente. O PSOL nunca fez qualquer ilação entre o assassinato e Jair Bolsonaro. Mas as informações veiculadas hoje são gravíssimas. O Brasil não pode conviver com qualquer dúvida sobre a relação entre o presidente da República e um assassinato. Exigimos respostas. Exigimos justiça para Marielle e Anderson".
*Com informações do Brasil 247.