Brito: O Presidente do Capeta
. |
Estava mesmo demorando.
O anúncio feito hoje pelo governo alemão de que vai suspender R$ 155 milhões em novos financiamentos a projetos ambientais, em si, é nada perto do que ele simboliza em prejuízos para o nosso país.
São a primeira manifestação expressa do que Jair Bolsonaro está conseguindo ao se tornar o “vilão internacional” que fez questão de assumir-se ao mundo como um inimigo da preservação ambiental e um “bota abaixo” da Amazônia.
Claro que está, quase que automaticamente, tornando “malditos” nossos produtos por toda a parte, especialmente no mundo desenvolvido.
É irrelevante que europeus e norte-americanos tenham sido, muito mais que nos, devastadores de suas florestas. O tempo passou, o mundo tornou-se muito mais interligado é achar que se terá acolhida para argumentos na base do “você, há 100 ou 150 anos, fazia pior”.
O nosso desafio não é o de termos “direito” de cometer os mesmos erros – e pior, ainda, porque eles se desenvolveram com a revolução industrial e nós, não – mas o de fazer diferente e melhor.
Nossos exportadores, escrevam, vão sentir no cangote os prejuízos que virão do exibicionismo de Jair Bolsonaro e sua ânsia em mostrar-se um “capetinha” em relação pontos que se tornaram, de alguma forma, alguns dos poucos consensos mundiais, como a preservação ambiental.
No comando de um dos cinco maiores países sobre a face da Terra, o mundo não vai olhar para ele com a curiosidade de um “clown” exótico, mas como um monstro.