Quem estaria por trás de ataques a petroleiros no golfo de Omã? Especialista analisa situação

Chamas e fumaça de petroleiro atacado no golfo de Omã
© AP Photo / ISNA




Dois petroleiros, um com bandeira da Noruega e outro com bandeira do Panamá, foram atacados no golfo de Omã, os marinheiros foram salvos, segundo informa a mídia. O especialista em estudos orientais explica quem poderia ser o culpado por estes ataques.
A empresa energética taiwanesa CPC declarou que o petroleiro Front Altair, que transportava combustível desde o Oriente Médio, foi "possivelmente atingido por um torpedo". A empresa também informou que o petroleiro transportava 75 mil toneladas de nafta, um derivado de petróleo utilizado na indústria petroquímica.
Yuri Zinin, especialista na área de estudos orientais do Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou, disse ao serviço russo da rádio Sputnik que logo depois do acontecimento se pode suspeitar que na região esteja agindo alguma estrutura desconhecida interessada no agravamento da situação.
"Isto é uma coisa muito perigosa. Surge logo a questão: quem pode estar por trás disto? Alguns começaram imediatamente a apontar para o Irã, mas sem provas nenhumas [...] Seria melhor que neste ambiente extremamente nervoso a investigação fosse realizada por entidades internacionais que possam obter resultados objetivos, em que todos poderiam confiar."
O especialista notou que os ataques ocorreram exatamente no momento em que os EUA enviaram forças adicionais para a região sob pretexto da "ameaça iraniana".
"Nas últimas semanas os EUA aumentaram seu contingente militar na região sob o pretexto que o Irã representa uma ameaça para os aliados dos EUA. Enquanto as forças militares [norte-americanas] estiverem se dirigindo para a região, é difícil esperar que a situação se torne menos tensa."
Neste momento, no golfo Pérsico estão dois contratorpedeiros da classe Arleigh Burke, que podem levar 90 mísseis Tomahawk cada um. Além disso, há o navio de assalto anfíbio USS Kearsarge e o grupo de ataque aeronaval encabeçado pelo porta-aviões USS Abraham Lincoln. O portal do Instituto Naval dos EUA também informou que à região se está dirigindo mais um navio de desembarque doca que pode transportar cerca de 700 militares e 14 peças de material militar.

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