Greve geral: 'apenas o começo do processo de mobilizações contra Bolsonaro', diz professor
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Em mais uma grande ato de nível nacional contra as políticas do governo Bolsonaro, a Greve geral paralisou as vias de inúmeras cidades brasileiras nesta sexta-feira (14). A Sputnik Brasil acompanhou a manifestação no Rio de Janeiro e conversou com participantes da manifestação.
Convocada por centrais sindicais e partidos de oposição ao governo, a greve geral mobilizou trabalhadores e manifestantes de ao menos nove estados no país. Segundo os organizadores, a reivindicação do ato é por mais empregos, defesa da educação e contra a reforma da Previdência.
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"O ato de hoje foi na verdade foi uma culminação de uma série de atos locais, que aconteceram em vários lugares do Brasil, piquetes, interdições de vias. O dia de hoje foi um dia de greve geral contra a reforma da Previdência, por isso a manifestação de rua era um dos elementos desse quadro, não é o único. Nesse sentido, pelas informações que chegam, foram bastante exitosos os processos em todo o país contra a reforma da Previdência", avalia Mendes.
De acordo com ele, os protestos contra a reforma da Previdência se somam às reivindicações de diversos setores que vêm se mobilizando contra as políticas de Bolsonaro.
"É claro que é o começo de um processo de mobilização, porque na verdade há uma desteridade das centrais sindicais, do sindicalismo de uma maneira geral, já não é de hoje.
E se a gente somar essas mobilizações com as mobilizações pela educação e as mobilizações dos movimentos de mulheres, a gente tem vários setores da sociedade que já estão se mobilizando contra as medidas do governo Bolsonaro. Na verdade, contra o governo Bolsonaro, pelo que ele representa, pelo que tem tentado implementar no Brasil", completa o professor de Direito público.
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É o caso da técnica de enfermagem Ana Cláudia, que participava do ato com um cartaz com a foto de Lula e disse à Sputnik Brasil que foi empregada doméstica durante boa parte da vida e virou técnica em enfermagem graças às políticas do governo Lula.
"Meu ato é contra a reforma da Previdência, sobre o direito do pobre, que tá sendo tirado, sobre o pobre que está sendo sacrificado em função do privilégio dos milionários. Eu sou pobre, empregada, fiz curso técnico de enfermagem, e eu não quero que os meus direitos sejam tirados. Nem o meu, nem o de ninguém", afirmou Ana Cláudia.
"Contra o Moro também. E contra o ministro. Contra esse governo inteiro. Tá tudo errado, é uma bandidagem só. Muita mentirada, as pessoas estão vivendo iludidas em prol deste governo", acrescentou.
Ao ser questionada se as manifestações são capazes de alterar algo nas política do país, a técnica de enfermagem completa:
"A gente está tentando, não posso garantir nada, porque eles estão no poder. Mas a gente tem que fazer alguma coisa. Se eu estou insatisfeita eu tenho que fazer alguma coisa", afirmou.