Hamas rebate Flávio Bolsonaro e avisa que relacionamento com mundo árabe está comprometido

Por Jornal GGN - 05/04/2019

"Jerusalém é um território ocupado, de acordo com o direito internacional, e ninguém, incluindo Jair Bolsonaro, tem o direito de legitimar a ocupação israelense", diz nota de Basem Naim, chefe de relações internacionais do Hamas

O chefe de relações internacionais do Hamas, Basem Naim, usou as redes sociais para responder, nesta sexta (5), a Flávio Bolsonaro – que escreveu no Twitter que o Hamas deveria se explodir e, depois, recuou e apagou a mensagem.
“O filho do presidente extremista do Brasil Flávio Bolsonaro está atacando o Hamas porque rejeitou o apoio ilimitado à ocupação israelense do novo governo brasileiro, em contradição ao apoio histórico do Brasil aos direitos palestinos”, escreveu Naim.
Naim ainda salientou que “Jerusalém é um território ocupado, de acordo com o direito internacional, e ninguém, incluindo Jair Bolsonaro, tem o direito de legitimar a ocupação israelense.”
O ex-ministro da Saúde do Hamas também avisou que a decisão de abrir um escritório comercial em Jerusalém prejudica “as relações históricas do Brasil com palestinos, árabes e muçulmanos.”
O Hamas – grupo que controla a faixa de Gaza e é considerado uma organização terrorista por Israel, pelos EUA e União Europeia – já havia emitido uma nota criticando o governo Bolsonaro por sua aproximação com Israel.
Nesta sexta, Bolsonaro tentou jogar panos quentes na situação dizendo que não quer “problemas com a Palestina”. Segundo a Folha, o presidente brasileiro preparará viagens a países da região ainda neste semestre.

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